O mercado de trabalho deu um grande
salto. Se antes estávamos acostumados a ver um ambiente tradicional e cheio de
velhas manias, as novas gerações e as mudanças de um mundo globalizado
transformaram todo esse cenário.
Anos atrás, a força do trabalho estava
sempre pautada nas hard skills, muito disso ainda por conta da revolução
industrial que iniciou-se na Inglaterra, a partir da segunda metade do século
XVIII. A principal ideia da época era a produção massiva por meio da força de
trabalho do homem e das máquinas. Entretanto, hoje estamos na era da indústria
4.0; - e a caminho de novas revoluções - nessa nova era, não importam apenas o
capital e as máquinas, afinal, o homem virou a grande valia das empresas, que
por sua vez agora oferecem benefícios em prol da saúde desse colaborador e
avaliam, atentamente, suas soft skills (que para um mundo como o que
vivemos, se tornaram competitivas dentro do mercado).
Outras mudanças que começaram a ter
visibilidade na contemporaneidade também continuam modificando o universo
corporativo e aqui, entramos em um ponto muito importante para nós e que está
baseado na transformação das cidades, no desenvolvimento de novas tecnologias e
no surgimento das smart cities - ou cidades inteligentes:
Assim como no mercado de trabalho, a
mobilidade urbana e as construções das cidades também passaram por esses
avanços. Um exemplo para isso é pensar em como surgiram as primeiras cidades no
Brasil, construídas viradas para o mar como Salvador, São Sebastião, Rio de
Janeiro, Recife e outras. Neste caso, a arquitetura ou a organização das
cidades não existiam, pois elas surgiram com o objetivo de defender o
território, até então, do Império Português.
Podemos dizer, então, que o mundo
assistiu várias tendências aparecerem e desaparecerem: como com o layout das
construções, os tipos de moradia, as máquinas de trabalho, os meios de transporte,
os modelos de trabalho, entre outros. E, ao comparar o passado do Brasil com os
dias de hoje, visualizamos mudanças de comportamentos e de valores. Isso, por
sua vez, é capaz de moldar as novas tendências que são valiosas para o nosso
desenvolvimento daqui para frente, entre elas, o modelo de trabalho, o consumo
consciente, a mobilidade urbana e corporativa voltadas às novas necessidades,
diversidade e pensamento igualitário aos direitos humanos, entre outros.
Com a ideia de pensar mais na população
e na experiência das pessoas, a mobilidade deve adaptar-se a novos cenários: ao
novo modelo de trabalho (assim como já está ocorrendo no exterior, com um
formato híbrido ou de anywhere office); Ao consumo consciente (com redução de
gases nocivos ao meio ambiente). Aos avanços tecnológicos ( com o surgimento de
carros movidos à eletricidade). As mudanças no pacote de benefícios das
empresas (com promoções e ações oferecidas como forma de cuidado, oferecendo
outras opções como o fretamento, gerando segurança, bem-estar e engajamento aos
colaboradores). Em formatos compartilhados, (reduzindo carros na rua), entre
outros.
Hoje, o setor que não avança junto de
seus clientes e que não pensa na experiência deles, fica inerte. Se dentro de
uma realidade de um país que está mais cansado ou de uma população global que
está mais doente, que pede por soluções efetivas para uma mudança e que por si
só, já busca e discute sobre as novas transformações políticas, de direito
humanitário, de soluções a vida e ao meio ambiente, não consegue se mexer, é no
mínimo preocupante. Então, o segredo para o futuro da sociedade e do mundo
corporativo, talvez, é o surgimento de uma nova tendência, que por sua vez,
conduzirá a novas transformações: essa ‘tendência’ são as pessoas, então,
porque, não ouvi-las, hoje?
Danilo
Tamelini - Co-fundador e Presidente LATAM da Busup, empresa tecnológica que
oferece um inovador serviço de gestão em fretamento de ônibus para empresas.
Formado em administração de empresas pela Trevisan Escola de Negócios,
pós-graduado pela USP em administração de serviços e certificado em PDD
(Programa de Desenvolvimento de Dirigentes) pela Fundação Dom Cabral, Tamelini
tem mais de 15 anos de experiência no segmento de transporte por fretamento
atuando em diversas áreas no segmento como operacional, comercial e fundador de
empresa de roteirização. Em 2016 Danilo aceitou o desafio de importar o
inovador modelo de negócio da BusUp no Brasil.
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