Segundo Dr.Carlos Machado, nefrologista e médico de família, especialista em medicina preventista, infelizmente muitas pessoas só descobrem a doença quando os rins estão em estágio terminal e pouco há para fazer em termos de tratamento.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de
doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10
milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre
90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.
“Os
rins funcionam como filtros do organismo e são fundamentais para o equilíbrio
interno do corpo. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre
súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é
lenta, progressiva e irreversível. E quando os rins começam a parar, vão
deixando de realizar todas as suas importantes funções, isto é, a água e
resíduos em excesso acumulam-se no sangue, o que chamamos de uremia”,
explica Machado.
Dr. Carlos ressalta que o corpo de uma pessoa com problemas nos rins passa por
uma série de sintomas e mudanças, entre elas, fadiga, ressecamento na pele,
mudança na urina, náuseas, vômitos, perda de apetite, alterações repentinas na
pressão arterial, inchaço nas pernas, olhos, pernas e pés, deficiência de
vitamina D (causando osteoporose), além de ter poder ter arritmias por aumento
do potássio no sangue.
Mas calma! Nem tudo está perdido, segundo o especialista. Existem casos
reversíveis, se a doença não virou crônica. A prevenção é de suma importância,
com controle da glicemia no sangue, manter o peso adequado, realizar exercícios
físicos regularmente alimentação balanceada e hidratação e evitar o tabagismo,
o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e não abusar de antiflamatórios.
“A maioria dos problemas renais são, no início, silenciosos, e não se trata
apenas de uma doença de idoso não. Podemos tratar a insuficiência renal com
medicamentos e controle da dieta, mas nos casos graves, apenas a realização de
diálise ou transplante renal. Dessa forma, antes de qualquer tratamento,
pedimos a realização de dois exames fundamentais: um de urina (para analisar a proteína
albumina) e de sangue ( para checar a presença de creatinina)”, finaliza
Dr. Carlos Machado.
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