Sim, ela pode acontecer por muitos fatores, desde os culturais, os socioeconômicos, mas principalmente, os emocionais.
Por
exemplo, uma baixa autoestima, sentimento de solidão crônico, sensação irreal
de abandono, traumas vividos na infância ou adolescência, dificuldade de se
relacionar socialmente, medo de lidar com conflitos amorosos,
hipersensibilidade, carência, instabilidade psicológica, ou seja,
características que podem tanto estar presentes na personalidade ou vida de uma
pessoa comum, como também podem ser sintomáticas de alguns transtornos
mentais.
Mas
seja lá qual for o motivo, é importante que a pessoa dependente afetiva,
principalmente do parceiro ou parceira, podendo também ser familiar, tenha
auxílio psicológico ou até psiquiátrico para alcançar estabilidade mental e
também desenvolver seus próprios mecanismos de defesa frente às dificuldades
que surjam na sua vida para que não atrapalhem seus sentimentos e não
desenvolva um ambiente de escravidão.
No
entanto, apesar das evidências, na maioria dos casos, o dependente não nota que
está preso a esse círculo vicioso, precisando de apoio e informação externa.
A
medida que a pessoa vai fazendo a terapia, através das ferramentas utilizadas
pelo psicanalista ou psicólogo, a pessoa eleva a auto estima, o amor
próprio, elimina as inseguranças e gerencia suas emoções, através do
autoconhecimento. Colocando-se no local de auto cuidado e empoderamento
pessoal.
Afinal,
ninguém precisa estar preso a nada e nem a ninguém. Essa limitação
emocional pode e deve ser melhor apurada para se compreender e responder
perguntas simples, como:
Porque
preciso tanto da aprovação do outro?
Porque
não confio em minhas intuições e nos meus desejos?
Porque
me sinto seguro apenas quando alguém me valida?
O
que quero provar a mim mesmo quando deixo a carência me dominar?
Vamos
à reflexão?
Andrea Ladislau -
graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração
Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui
especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da
Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia,
criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para
apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro.
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