Para especialistas, uma boa liderança pode mudar a depender do estilo de equipe, mas deve ter sempre como base a confiança
A gestão de pessoas é uma demanda que requer
atenção em todas as empresas, e o papel do líder se torna fundamental para a
orientação e organização de uma equipe eficiente. Ele é o responsável por
estimular os liderados, de modo que consigam otimizar os resultados de suas
tarefas.
Para Jamille Barbosa, professora do curso de
administração na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), pode-se definir um
bom líder aquele que cumpre não só a função de gestor, mas é capaz de
influenciar e alavancar o desenvolvimento dos indivíduos. “A gestão cuida do
planejamento, do controle e até do direcionamento, mas não no sentido de
influenciar as pessoas. O gestor quando é líder, ele consegue fazer tudo isso e
também impactar na motivação dos liderados”, define a professora.
Miriam Rodrigues, professora de administração e
gestão de pessoas na UPM compartilha do mesmo conceito de Barbosa e faz um
adendo: “o bom líder tem o poder de inspirar, corrigir, prevenir erros,
impactar e treinar pessoas fortes”. Segundo ela, uma das características
fundamentais de uma boa liderança é o gestor ter autoconhecimento e saber seus
pontos fortes e de desenvolvimento.
“Também entendo que um líder precisa se comunicar
bem, seja de maneira verbal ou escrita. Outros elementos importantes são
empatia e capacidade de resiliência, pois, muitas vezes, o trabalho em equipe é
desafiador, envolve pressão e a necessidade de atingirmos metas”, explica
Rodrigues.
Barbosa acredita que os líderes devem entender as
atividades dos liderados para que possam ajudá-los no alcance dos objetivos.
Saber ouvi-los, saber se comunicar, entender suas necessidades e ter empatia é
fundamental para criar uma boa liderança, gerar produtividade para a empresa e
para os funcionários, além de criar satisfação com o ambiente de trabalho.
Segundo a professora, a liderança pode mudar
conforme o formato de trabalho que pode ser dividido em grupo, equipe e time.
No grupo, o líder tem a função de monitorar e apoiar as atividades que eles
estão realizando, tomando como base o esforço individual e o que cada um vai
oferecer em termos de resultados gerais.
Em equipe, o foco não é no indivíduo em si, mas na
complementaridade que há entre os indivíduos. Neste formato, o líder precisa
observar se as pessoas têm confiança mútua, se há comprometimento umas com as
outras e se complementam para que o resultado seja positivo. Já no time, o
líder tem o papel de um coach (técnico). Ele irá dar as coordenadas, mas
deixará as pessoas livres para que tomem as decisões de modo a alcançar os
resultados contando com as suas capacidades.
Quanto aos erros a serem evitados na gestão, as
especialistas acreditam que os líderes devem se entender como seres também
sujeitos a falhas, portanto, podem rever suas ideias, ouvir a equipe e ter
sempre confiança. Pode-se evitar erros, muitas vezes, relacionados a cargos de
poder, como comportamentos arrogantes e sem empatia.
Para melhorar o desempenho, os líderes devem
continuar a buscar conhecimento, procurar conhecer os profissionais além da
esfera profissional, dar feedbacks, gerar espaço para que a equipe possa
contribuir com ideias e as questões da rotina de trabalho possam ser debatidas
de maneira saudável, sem excesso de preocupação com erros, mas sempre apontando
quais aspectos de cada indivíduo podem ser melhorados.
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