terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Verão 2022: Vamos prevenir a Dengue

                Vamos juntos vencer essa doença!



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A pandemia de COVID-19, que atinge o mundo por quase dois anos, pela sua intensidade e poder de contágio, encobriu outras doenças que, no Brasil, já se apresentaram com alto grau de proliferação, e merecem atenção da população e das autoridades sanitárias, principalmente, com a chegada do verão. Uma delas é a dengue. 

O aumento das temperaturas, da umidade e das chuvas formam as condições ideais para a proliferação de diversas doenças de verão — tanto infecciosas quanto parasitárias. Além disso, a falta de saneamento adequado pode contribuir para agravar o caso. 

Segundo o Ministério da Saúde, de 3 de janeiro a 9 de outubro de 2021, o país registrou 479.745 casos de dengue, redução de 47,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse mesmo intervalo foram confirmadas 199 mortes por dengue, redução de 64% se comparado com 2020.Dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Brasil registrou cerca de 1,5 milhão de casos de dengue no ano passado. 

A transmissão da dengue acontece pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, cujo naturalmente não possui o vírus, mas o adquire ao picar uma pessoa infectada. Depois de um determinado período de incubação, esse vírus pode ser transmitido para outras pessoas que forem picadas por fêmeas Aedes aegypti. O vírus da dengue não é transmissível de uma pessoa para outra, a não ser em casos de transmissão vertical (da gestante para o bebê, ou por transfusão sanguínea). 

Uma das armas de prevenção e redução da proliferação é combater o mosquito. Além disso, mortes podem ser evitadas ao se procurar atendimento na hora certa e receber o diagnóstico precoce.  Menor do que os mosquitos comuns, o A. aegypti é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas, suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano. O macho, como de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No verão, a proliferação é maior por conta da temporada de chuvas intensas os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adubo. 

         Para combater o mosquito é fundamental manter o domicílio sempre limpo e atentar ao acúmulo de água em locais abertos. Em caso de surtos, roupas que minimizem a exposição da pele podem proteger contra as picadas do inseto, assim como mosquiteiros e telas para janelas e portas. Repelentes também podem ajudar, desde que usados conforme as instruções do rótulo.  

O primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas.  Também é comum ocorrerem náuseas e vômitos, que resultam em perda de peso. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdome é tocado, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, sangramento de mucosas (principalmente nariz e gengivas) e outras complicações, podendo até causar a morte. 

Independente do estágio da doença é preciso procurar a orientação de um médico, que pode recomendar um acompanhamento ambulatorial nos casos mais simples, até encaminhar o paciente para internação. Em casos de menor gravidade, quando não há sinais de alarme, a recomendação é fazer repouso e ingerir bastante líquido, como água, sucos, soro caseiro ou água de coco.

 

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