quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Especialista alerta sedentários para o excesso de exercícios no verão

O verão começou oficialmente no dia 21 de dezembro e com ele a estação em que as pessoas buscam o 'corpo perfeito'. É nesta época que sedentários podem cometer excessos que levam ao desgaste físico e aumentam os riscos de lesões na coluna e outras articulações. 

Segundo o médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Dr. Antônio Krieger, existem dois perfis muito específicos de pessoas. O primeiro é daquelas que praticam atividades físicas regularmente e por conta das férias e viagens acabam mudando a rotina; e o segundo é dos sedentários que buscam se transformar em verdadeiros atletas sem o preparo físico adequado.  

"Os dois grupos precisam de cuidado. Para quem já pratica atividades físicas regulares, o exercício é como escovar os dentes. É importante manter algum tipo de exercício adaptado para evitar o ganho de peso e manter o condicionamento físico. No caso dos sedentários é preciso tomar cuidado para evitar lesões pelo excesso de esforço ou por ir com sede demais ao pote na hora de começar o exercício", afirma o especialista. 

Resultados rápidos e imediatos não são possíveis de forma saudável. A participação de um bom profissional de educação física e da nutrição são importantes para criação de um programa de treinamento e de dietas personalizadas que trarão resultado no médio e longo prazo de forma constante e progressiva. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade elevada por semana para adultos. Exercícios físicos feitos regularmente colaboram para a liberação de hormônios ligados ao prazer, como a endorfina e a serotonina, melhoram a qualidade do sono, aumentam a disposição, aliviam o estresse e a ansiedade. 

“Quem nunca fez exercícios e se empolgou em começar no verão pode levar o hábito para a vida. Que isso sirva de estímulo para 2022 e se torne rotina do dia a dia. O benefício que o exercício físico regular traz para a saúde é indiscutível. Melhora a qualidade de vida, o metabolismo, osteoarticular, cognição, mental e sem dúvida a sensação de bem-estar vale o empenho de se esforçar e praticar um exercício regular", comenta Krieger. 


Dicas para evitar lesões - Segundo o ortopedista, a areia da praia pode enganar os desatentos e levar a uma série de problemas para quem não está acostumado aos esportes de areia. A areia da praia fofa, com desníveis, pode causar quadros como tendinites, entorces, dores nas costas e nas articulações do joelho e quadril. O risco é ainda maior quando se trata de idosos. 

"Idosos que começam a fazer caminhadas na areia da praia em um nível de intensidade maior ou que saem do costume de fazer em um piso firme, do concreto, asfalto ou do parque, aumentam o risco de dor no joelho, no tendão de aquiles. Não caminhar de chinelo ou descalços. Prefira o uso de tênis", reforça o ortopedista. 

 

Cuidados extras em viagens longas - Viagens longas, de carro ou de avião, também podem trazer desconfortos e dores nas costas além de, em casos mais graves, causar até mesmo tromboses. O especialista reforça que fazer intervalos regulares e pequenas caminhadas evitam problemas que podem atrapalhar suas férias. 

"O ideal é levantar a cada duas horas sentado. Isso é importante para não ter quadro de dor nas costas quando chegar ao destino. Mesmo quem está no avião precisa fazer caminhadas no corredor para evitar o risco de tromboses. Movimentar os braços e pernas e alongar o pescoço previne dores na região cervical e lombar", diz Krieger.

Para quem dirige, o encosto e postura também devem ser observados para evitar desconfortos ao chegar no destino. A distância correta do banco ao volante é capaz de evitar dores nas pernas, nos braços e principalmente na coluna. A lombar tem que estar totalmente apoiada no encosto. Evite curvar o corpo, o banco não pode ficar nem muito para trás, nem muito para frente. Ajuste o encosto da cabeça de acordo com sua altura, de preferência na altura dos olhos. Isso evita o efeito chicote e protege em caso de colisões.


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