quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Economia criativa começa a se recuperar e as academias deixam a zona dos mais impactados

Setores mais afetados durante a pandemia diminuíram perdas de faturamento, de acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, apesar de fatores como aumento de custos

 

A economia criativa e as academias foram os segmentos que apresentaram a maior recuperação entre os meses de agosto e novembro desse ano, de acordo com a 13ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV. Em agosto, a queda de faturamento nas empresas da Economia Criativa era de -64%, já em novembro, esse resultado caiu para -45%, uma evolução de 19 pontos percentuais. Já as academias, recuperaram 20 pontos percentuais, passando de uma queda de faturamento de -40% para -20%.

“A Economia Criativa continua sendo o segmento mais impactado pela pandemia, mas a queda nos casos de Covid-19, devido ao aumento da vacinação, fez com que os empreendedores desse segmento voltassem a operar, apesar dos aumentos de custos e da inflação. Esse segmento chegou a apresentar queda de faturamento de 86%, em março do ano passado”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Além das empresas desse setor, os outros quatro que mais sofrem com perdas de faturamento são Turismo e Beleza (-42%), Artesanato (-38%) e Logistíca e Transporte (-37%).

*A pesquisa ainda revela que 65% das empresas da Economia Criativa estão funcionando com adaptações e 14% ainda continuam com as operações fechadas temporariamente. Na 12ª edição da pesquisa, 31% estavam com o funcionamento interrompido. “Assim como os outros segmentos, a Economia Criativa também tem sofrido com o aumento dos custos e com a falta de clientes, o que impede uma retomada mais acelerada”, observa o presidente do Sebrae.  Segundo o levantamento, 50% dos empreendedores alegaram o aumento dos custos como a maior dificuldade para a retomada e outros 25%, reclamaram da falta de clientes.*


Academias

As mudanças implementadas por 73% dos donos de pequenos negócios do segmento de academias surtiram efeitos e fizeram com que essa atividade se tornasse uma das menos afetadas pela pandemia. Com perda de faturamento de -20%, apenas os segmentos de pet shops, indústria e agronegócio estão com resultados negativos menores.  As academias, desde o início da pandemia, chegaram a apresentar queda de -87% no faturamento, a segunda maior entre os segmentos analisados. Em primeiro lugar foi o Turismo que presenciou perdas de -88%.


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