terça-feira, 9 de novembro de 2021

Tecnologia e rápida adaptação dos professores às novas ferramentas foram fundamentais para alunos manterem a vida escolar ativa na pandemia, revela segunda fase da pesquisa "Lições da pandemia: motivos para reduzir as distâncias na educação"

Estudo da Descomplica e do Instituto Locomotiva mostra 64% das famílias concordam que o ensino digital foi fundamental para que seus filhos se mantivessem estudando; 


51% dos respondentes disseram que a escola demonstra estar mais empenhada em melhorar o ensino virtual; 

 

A tecnologia foi fundamental para a vida escolar dos estudantes na pandemia e o professor, apesar das dificuldades iniciais para se adaptar às novas ferramentas ao lecionar, foi outro pilar de suma relevância para motivar os alunos a seguirem estudando. Essas são algumas das principais conclusões de pesquisa inédita realizada pela Descomplica, uma das principais EdTechs do Brasil, em parceria com o Instituto Locomotiva, que agora entra na sua segunda fase de divulgação, focada no papel da tecnologia durante os estudos na pandemia, além da digitalização dos professores no período.   

De acordo com a nova etapa da "Lições da pandemia: motivos para reduzir as distâncias na educação", divulgada nesta segunda-feira (08), 64% das famílias concordam que o ensino digital foi fundamental para que seus filhos se mantivessem estudando. O estudo revela ainda que 68% das mães e pais consideram que as aulas à distância foram muito difíceis no início, mas que aos poucos as famílias e crianças foram se adaptando. Com relação ao uso de alternativas digitais para estudar, 93% dos estudantes recorreram a algum desses caminhos digitais para ajudar com os estudos: Google (74%), Whatsapp (71%), Youtube (44%), Wikipedia (16%). Realizada em painel digital, a pesquisa ouviu 800 pais e mães de alunos do ensino fundamental II e do ensino médio entre 22 e 30 de setembro de 2021.    

A tecnologia cresceu de relevância dentro dos lares brasileiros quando pensamos no papel que ela desempenhou na vida escolar dos alunos durante os últimos 20 meses. Antes da pandemia, o consenso das famílias era limitar o tempo de tela das crianças e o computador era percebido como um vilão do estudo. Com o ensino remoto, os papéis da tecnologia na vida cotidiana se ampliaram e ela se tornou fundamental para o prosseguimento da vida escolar dos estudantes. A ponto de que 50% dos pais ouvidos pela pesquisa concordarem que, no futuro, o ensino digital será utilizado em cursos extracurriculares, tais como idiomas e música, e 74% deles acreditarem que futuramente o ensino digital será utilizado por escolas em atividades extras, como aulas de reforço. “A transição para o ensino remoto na maioria das instituições de ensino do país ocorreu de forma complexa e repentina. De um momento para o outro, os professores e escolas precisavam dominar diversas tecnologias e implementá-las na pedagogia das aulas. Isso, claro, criou uma dificuldade inicial que aos poucos foi sendo superada e que permitiu aos estudantes se adaptarem ao ensino digital”, diz Marco Fisbhen, CEO da Descomplica. “Do nosso lado, como uma EdTech que há uma década trabalha com a tecnologia atrelada ao ensino, nós pudemos auxiliar muitas instituições a fazerem a transição com mais qualidade e agilidade. E acho que a pesquisa reforça um ponto muito importante que sempre ressaltamos: a inovação não veio para substituir professores, mas sim para ajudar tudo o que envolve o ambiente de ensino – de docentes a alunos - a ter mais qualidade e opções de estudo”, comenta.  

 

Professores se superaram - O professor foi outro pilar fundamental para motivar os alunos a se manterem estudando. Apesar disso, houve uma dificuldade inicial pela rapidez com a qual este profissional se viu obrigado a conhecer novas ferramentas, adaptar planos de aula e linguagem para se conectar aos alunos mesmo que digitalmente. O que se viu nessa experiência foi uma digitalização da escola e do conteúdo que era transmitido nas salas de aula presenciais, além de uma superação dos docentes, que se adaptaram às tecnologias e se mantiveram empenhados em ajudar os alunos nos estudos.   

A pesquisa aponta que as famílias percebem uma evolução desde o início da pandemia, mas para que o digital possa fazer parte da vida educacional dos alunos daqui para frente, mesmo que de forma complementar, o consenso geral é o de que ainda é preciso evoluir sua aplicação. Dessa forma, o levantamento traz dados muito relevantes: 66% dos pais afirmaram que a proximidade com o professor foi fundamental para o/a filho/a se manter motivado; 46% deles pais concordaram que os professores melhoraram a forma de dar aulas desde o das aulas à distância até agora; e 51% dos respondentes disseram que a escola demonstra estar mais empenhada em melhorar o ensino virtual.   

Abaixo, os principais dados da pesquisa e suas informações técnicas. 

 

O papel fundamental da tecnologia para a vida escolar dos estudantes na pandemia 

  • 64% das famílias concordam que o ensino digital foi fundamental para que seus filhos se mantivessem estudando 
  • 93% dos alunos recorreram a alguma dessas alternativas digitais para ajudar com os estudos: Google (74%), Whatsapp (71%), Youtube (44%), Wikipedia (16%) 
  • 68% das mães e pais consideram que aulas à distância foram muito difíceis no início, mas que aos poucos as famílias e crianças foram se adaptando 
  • 72% dos pais concordam que no futuro, o ensino digital será utilizado em cursos extracurriculares, tais como idiomas e música 
  • 74% dos pais concordam que, no futuro, o ensino digital será utilizado por escolas em atividades extras, como aulas de reforço 
  • 50% dos pais concordam que, no futuro, o ensino digital será utilizado por escolas, substituindo em parte as aulas presenciais 
  • 51% dos pais concordam que o ensino à distância ajudou o/a filho/a a desenvolver a sua autonomia 
  • 52% dos pais concordam que o ensino à distância alterou positivamente a forma de estudar do/da filho/a 

     
    A digitalização do professor e da escola  
  • 66% dos pais afirmaram que a proximidade com o professor foi fundamental para o/a filho/a se manter motivado 
  • 46% dos pais concordaram que os professores melhoraram a forma de dar aulas desde o das aulas à distância até agora 
  • 51% dos respondentes disseram que a escola demonstra estar mais empenhada em melhorar o ensino virtual 
  • Sobre as práticas do ensino digital que ajudaram na aprendizagem dos filhos, temos: aulas ao vivo com a possibilidade de interação entre professores e estudantes (92%), conteúdos das matérias sendo explicado de maneira simples e objetiva (91%), aulas com professores com o linguajar do jovem (91%), ter um canal de comunicação direto com os professores, via Whatsapp ou outras plataformas (91%), planos de aulas direcionados às necessidades individuais dos alunos (91%), envio digital e correção de atividades, para o aluno verificar seu desempenho (88%), aulas gravadas que podem ser assistidas a qualquer momento e de qualquer aparelho (86%), interação com professores e alunos ao estilo de uma comunidade virtual (85%), aulas mais curtas do que as tradicionais (63%) 

     

    Contexto (OBS: dados de outras pesquisas disponíveis no Brasil, não fazem parte do presente estudo Locomotiva/Descomplica) 
  • 6 milhões de estudantes (da pré-escola à pós-graduação) não acompanharam o ensino remoto por falta de acesso à internet no domicílio 
    • 5,8 milhões de instituições públicas de ensino. 
    • 4,23 milhões de escolas públicas do Ensino Fundamental. 
    • 740 mil do Ensino Médio da rede pública. 
  • 1,8 milhão de alunos da rede pública não tiveram acesso ao ensino remoto porque dependem de programas de distribuição de equipamentos (tablets ou celulares) para poderem se conectar 
  • 3,2 milhões, mesmo que tivessem acesso a chip e aparelhos, continuariam sem estudar porque onde moram não há sinal de rede móvel 
  • 8% dos estudantes de 6 a 34 anos abandonaram a escola em 2020, isso equivale a 4 milhões de alunos 
  • 5% dos alunos de ensino fundamental e 11% do médio abandonaram os estudos 
  • 23% dos estudantes brasileiros tiveram o calendário letivo reorganizado para 2021  
  • 89% dos professores das redes públicas de educação não possuíam experiência anterior com ensino remoto 
  • 42% dos professores da rede pública nunca haviam recebido formação para uso de tecnologias digitais na educação 

     

    Perfil dos respondentes* 

    Para mapear as experiências de quem não abandonou os estudos mesmo em um cenário adverso, entrevistamos pais e mães de alunos/as do Ensino Fundamental II (5º a 9º anos) e do Ensino Médio que se mantiveram matriculados na escola durante a pandemia. 

    Classe social 
  • 38% classes AB 
  • 42% classe C 
  • 21% classes DE 

    Tipo de estabelecimento 
  • 87% escola pública 

13% escola particular 

*mais detalhes podem ser fornecidos sob demanda 

Pesquisa inédita: Lições da Pandemia – motivos para reduzir as distâncias da educação 

Realização: Instituto Locomotiva em parceria com Descomplica 

Metodologia: Pesquisa quantitativa online 

Público: pais e mães de alunos do fundamental II e do ensino médio que não evadiram durante a pandemia 

Amostra: 800 entrevistas 

Praça: Nacional 

Margem de erro: 3,3 p.p. 

Campo: 22 a 30 de setembro de 2021 



 
 Instituto Locomotiva

https://www.ilocomotiva.com.br/

 

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