As
exportações brasileiras cresceram 36% no primeiro semestre de 2021. Hoje, o
Brasil é a 13ª maior economia global. Surfando nesta onda positiva para o
comércio exterior, empresas de todos os portes têm mirado na
internacionalização dos negócios. Muito disso se deve ao novo cenário gerado
pela pandemia de Covid-19. As empresas começaram a entender não só a
necessidade, mas também as possibilidades mais facilitadas de se tornarem
globais.
Porém,
uma estratégia de internacionalização não acontece da noite para o dia. Ela
precisa ser detalhadamente planejada. É fundamental, por exemplo, entender o
produto, o preço aplicado, a legislação do mercado alvo, estudar a concorrência
e os clientes antes de expandir para o mundo. Replicar a receita do mercado
nacional ao mercado externo normalmente não é um bom negócio, pois as variáveis
para criar uma relação Internacional são muitas. Não estamos falando
simplesmente de exportação ou importação, mas de um ciclo de
internacionalização que envolve conectar a compra de insumos ou produto acabado
que agregue valor através da importação, a negociação com mercados que tenham
acordos comerciais com o Brasil para fazer uso de isenção ou redução de
tributação, expandindo as vendas através da exportação, aliando as duas
operações aos benefícios tributários e legais locais para gerar maior
rentabilidade, melhor competitividade ativando a inteligência de mercados
globais ao comércio local.
O
primeiro passo quando se pensa em um projeto de internacionalização é montar um
estudo de viabilidade, para entender as possibilidades do país de interesse. Só
então começamos o planejamento estratégico através de uma metodologia própria
desenvolvida com base na experiência de 25 anos criando estratégias
internacionais e trazendo resultados expressivos para as empresas brasileiras.
Também é fundamental estar atento às exigências do mercado internacional, como
etiquetagem, registro de marca, tecnologia, qualidade de produto, processos
burocráticos, licenças, etc.
É
necessário considerar toda a operação da empresa. Quando uma organização
exporta é importante ela estar apta a fazer uso de benefícios fiscais ou
projetos especiais através de programas do Governo. Vivendo esse ciclo, ela
ativa rentabilidade, lucratividade, crescimento e competitividade também no
mercado nacional. Quando usamos esses dois recursos de internacionalização
conseguimos expandir a compra através de modalidades como o Drawback e aumentar
competitividade e inovação, tudo com menor custo.
Esses
são apenas alguns dos fatores a serem levados em conta em um processo de
internacionalização. Muitas outras variáveis podem influenciar no sucesso da
empresa. Mas, com um planejamento profissional e adequado para as necessidades
de cada negócio, essa pode ser uma estratégia promissora, com grandes
possibilidades de sucesso, aumento da produtividade e inovação.
Sheyla Patrícia Pereira, sócia da Father Estratégias Internacionais
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