Quatro dicas
práticas para você aplicar no seu dia a dia
Mais do que em outros tempos, temos lido, ouvido e
comentado sobre o quão fundamental tem sido identificarmos o que estamos
sentindo e podermos falar, livre de julgamentos, sobre tais sentimentos.
Tantos têm sido os estudos que abordam a
importância de nós adultos trabalharmos nossas emoções, identificando-as,
entendendo-as e também criando estratégias para lidar com elas.
E nossas crianças? Será que já nascem sabendo lidar
com essas emoções, já que cada vez mais esses pequenos surgem com mais
destreza, inteligência e competências??? Só que não!!!
Há alguns anos os órgãos ligados à Educação vêm
discutindo a reformulação curricular e em 2018 foi homologada pelo CNE
(Conselho Nacional de Educação) a nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Desde então, as escolas e seus educadores se
debruçaram sobre o documento e sua implementação no âmbito escolar. Mas, qual
não foi a surpresa, ao descobrir que havia um campo dentro das competências
curriculares que se destinava exclusivamente ao desenvolvimento das habilidades
socioemocionais.
Ops… isso não fazia parte do currículo antes? Pois
é, Não!!!
Estudiosos ligados ao campo da neurociência
aplicados à educação, descobriram que nosso cérebro responde a estímulos se
emocionalmente estivermos acolhidos e respeitados em nosso desenvolvimento
integral. Ou seja, não somos só uma esponja pronta para absorver conteúdos, mas
sim seres que necessitam ter seus sentimentos respeitados e acolhidos, para que
possamos aprender.
Então é possível aprender a se relacionar, a
expressar seus sentimentos, a saber administrá-los para adquirir bem-estar,
autocontrole e autorregulação, que farão com que a convivência em sociedade
seja bem-sucedida?
Sim, certamente, e o melhor é saber que as
habilidades são ensinadas e esse é o papel dos educadores, sejam eles, pais,
professores, avós ou demais cuidadores dos pequenos.
Parece mais difícil do que realmente é, por isso
compartilhamos aqui quatro dicas que podem ser trabalhadas no dia a dia.
Mostre que você tem sentimentos
Sim, conversar com as crianças e expressar o que você sente e como faz
para lidar com isso é uma forma natural de mostrar a eles que é permitido
sentir!
Por exemplo: você está muito frustrado porque não
conseguiu entregar algo no trabalho no prazo determinado. Conte para eles o
porquê você se sente assim, o que o levou a não conseguir e como vai agir numa
próxima vez.
Promova tempo para jogos que falem das emoções
Se você achar difícil chegar na sua criança ou adolescente para falar
sobre sentimentos, utilize recursos como jogos, que facilitam o caminho e
promovem o diálogo e diversão de forma lúdica.
Além de ganhar um tempo de qualidade onde todos
estarão envolvidos, você também estará conversando e descobrindo outras formas
de tratar o tema.
Conte histórias de quando você era pequeno
As nossas vivências geram interesse por parte dos nossos pequenos, pois
eles entendem que você também passou por situações diversas. Podem ser coisas
engraçadas, felizes, situações de medo, de dor… enfim, seja verdadeiro e isso
irá criar cada vez mais aproximação entre vocês e também estarão exercitando a
empatia.
Não reprima os sentimentos deles
Quando uma criança ou adolescente chora, se isola, ou faz birra, ele
está querendo te mostrar algo. Mesmo sendo difícil acolher esses momentos,
lembre-se que você é o adulto e às vezes um simples abraço ou um “eu entendo
você, mas podemos fazer de outra maneira”, já será suficiente para mostrar que
você entende e acolhe.
Ouça você e os que te rodeiam, se permita ser quem
você é e abra espaço para os outros saberem que você os entende e aceita.
Esse processo traz equilíbrio e leva ao bem-estar.
Vamos?!
Adriana Gardel - Apaixonada pela educação, caminhando pelo universo da pedagogia e
psicopedagogia há 38 anos e, sempre curiosa, buscou na neurociência e no
Kidcoach mais fundamentação para entender e atuar na formação dos pequenos.
Trajetos em escolas pela educação infantil, fundamental I, coordenação e
orientação educacional, mas acima de tudo mãe do Gui e do Fred, suas grandes
inspirações de vida! Ah, e vovó do Gabriel.
Valéria Rezende - Mãe da Carol, do Augusto e do Vinicius, vó do Gabriel desbravadora
quando o assunto é comportamento e relacionamentos humanos. Acredita na família
como base para o desenvolvimento integral do ser humano melhor. Coach de pais,
casais e adolescentes pela Parenting Coach Brasil, Kidcoach pela ICIJ Rio de
Janeiro e instrutora da Jornada das Emoções.
Carolina Vieira - Viajante e curiosa,
novos desafios e necessidades de adaptação são o que mais a motivam. Confia que
a chave para um ser humano mais preparado para o mundo e feliz está na infância
e no afeto familiar. Carol é mamãe de primeira vigem do Gabriel. Comunicóloga
formada pela UFJF, especialista em Marketing pela Ibmec e Neurociências e
Comportamento pela PUC-RS. Educadora Parental com foco em Disciplina Positiva e
CNV.
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