De acordo com o profissional, várias preparações de testosterona estão disponíveis no mercado, por via tópica e injetável
O hipogonadismo masculino é uma síndrome clínica causada por
deficiência androgênico, pois os testículos não produzem quantidade suficiente
de testosterona. Pode afetar negativamente as funções de múltiplos órgãos e a
qualidade de vida.
O tratamento, segundo o médico Marcos Staak Jr, é feito através
da reposição de Testosterona.
"Para homens com hipogonadismo, evidenciado por sintomas e
sinais clínicos consistentes com deficiência de testosterona e uma concentração
sérica subnormal de testosterona pela manhã (entre 8 e 10h) em 3 dosagens
distintas, sugere-se terapia de reposição de testosterona. O principal objetivo
da terapia com testosterona em homens hipogonadais é restaurar a concentração
sérica de testosterona para a faixa normal"', explica o médico.
De acordo com o profissional, várias preparações de testosterona
estão disponíveis no mercado, por via tópica e injetável.
"Geralmente, a testosterona transdérmica é sugerida para a
maioria dos homens hipogonadais, porque geralmente produz concentrações séricas
normais de testosterona, e a maioria dos pacientes acha mais conveniente.
Alguns homens, no entanto, preferem injeções de ésteres de testosterona de ação
prolongada devido à não necessidade de aplicação diária".
"Homens que começam a usar uma preparação transdérmica
precisam ser vistos 2-3 meses após o início da terapia para medir a
concentração sérica de testosterona e avaliar a possibilidade de efeitos
indesejáveis", completa.
As concentrações séricas de testosterona devem ser monitoradas
enquanto o paciente está sendo tratado. O tempo depende da preparação
utilizada.
"O hematócrito deve ser medido antes de iniciar o
tratamento com testosterona e, se estiver elevado, a causa deve ser procurada
antes do início do tratamento com testosterona. O hematócrito deve ser medido
novamente após 3-6 meses e depois anualmente. Se aumentar acima do limite
superior do normal, deve-se procurar uma causa e, se não for encontrada, a dose
de testosterona deve ser diminuída ou interrompida. O hematócrito deve ser
reavaliado 2 meses após a diminuição ou descontinuação. Se o hematócrito
normalizar, uma dose mais baixa de testosterona deve ser continuada ou
reiniciada", destaca.
O papel da reposição de testosterona no tratamento do declínio
da concentração sérica de testosterona que ocorre com o aumento da idade nos
homens na ausência de doença de hipófise, hipotalâmica ou doença testicular
identificável é incerto. Sugere-se que homens que apresentem sintomas ou sinais
que possam ser causados por deficiência de testosterona sejam considerados para
tratamento com testosterona somente se tiverem uma concentração inequivocamente
baixa de testosterona mais de uma vez.
"O uso de androgênios alquilados orais (por exemplo,
metiltestosterona) é desaconselhado, pois estão associados a efeitos adversos
no fígado. O undecanoato de testosterona oral, um produto que contorna o efeito
hepático de primeira passagem, já está disponível em vários países, incluindo
os Estados Unidos e, no Brasil, sob nome de Androxon ou mediante manipulação em
farmácias próprias. No entanto, os regimes de testosterona transdérmica e
parenteral (injetável) são preferidos".
Para alguns pacientes, o custo pode ser um problema. Em geral,
as preparações mais recentes (os géis transdérmicos) custam mais, e os ésteres
injetáveis custam menos.
"Homens que usam a dose inicial recomendada de um gel, mas
cuja concentração sérica de testosterona não é alta o suficiente, podem tentar
aplicar doses mais altas de um gel (inclusive mais de uma vez ao dia)",
pondera.
Segundo Staak, homens hipogonadais adultos que iniciam
testosterona injetável (no Brasil, Deposteron ou Durateston), ele sugere
100 a 200 mg a cada duas semanas, que podem ser administrados pelo próprio
paciente ou por alguém na casa do paciente.
"O paciente deve ser atendido aproximadamente 2-3 meses
depois, e se ele for incomodado por flutuações de energia, humor ou libido, o
regime pode ser alterado para 50 a 100 mg uma vez por semana ou a testosterona
transdérmica pode ser oferecida novamente. No uso do undecanoato de
testosterona injetável intramuscular (Nebido, Hormus), a dosagem semanal
equivalente é a mesma, uma vez que estas apresentações são de 1.000 mg e a
aplicação é feita a cada 8-12 semanas", disse.
Marcos destaca que homens acima de 50 anos (ou acima de 40 anos,
com história familiar de câncer de próstata ou afrodescendentes) devem ser
rastreados quanto ao câncer de próstata.
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