Especialista em biohacker lista as principais dúvidas e como a técnica ajuda a melhorar a qualidade de vida
Conhecido
ao redor do mundo, o Biohacking é uma técnica que promete revolucionar e tem
como objetivo aumentar o desempenho do corpo em todos os sentidos. Basicamente,
por ser uma abordagem de auto-saúde para melhorar a qualidade e a longevidade
de vida, a técnica busca formar humanos capazes de elevar seu desempenho
corporal ao nível máximo.
De acordo com a médica atuante em
nutrologia, medicina integrativa, palestrante e biohacker, Dra. Roberta Genaro
(@drarobertagenaro),
as pessoas visam melhorar consideravelmente o desempenho do próprio corpo, com
implantes ou substâncias que melhoram sua capacidade.
Há duas
vertentes de abordagem do biohacking: interativa e não interativa. Segundo a
profissional, quando é utilizado implantes que melhoram a capacidade do corpo,
como por exemplo mulheres que implantaram um chip no braço que libera
anticoncepcional periodicamente até pessoas que injetam substâncias nos olhos
para ter visões noturnas, é considerada uma prática interativa. Em
contrapartida, quando é utilizado elementos externos para melhorar a
performance, como luz azul para dormir profundamente, jejum intermitente para
aumentar os níveis de energia ou áudios binaurais para aumentar a concentração,
pode-se considerar uma abordagem não interativa. "Em ambos os casos o
objetivo é o mesmo: hackear a própria biologia para procurar sempre a melhor
versão de você mesmo", explica a profissional.
Por mais que
a técnica pareça futurista e longe da realidade, diariamente podemos esbarrar
com exemplos do dia a dia, como uma pessoa que nasce com problemas de visão e precisa
utilizar lentes de contato para poder enxergar.
A alimentação influencia?
Não é
novidade que a alimentação tem ficado cada vez mais desastrosa. Hoje, o consumo
de alimentos industrializados, com muito açúcar, conservantes e outras
substâncias aumentaram significamente e automaticamente acabam com nossa saúde
e reduzem a performance consideravelmente.
"No
caso da alimentação, hackear a dieta significa consumir alimentos adequados que
vão ser benéficos para a saúde, o foco e a produtividade. Existem inúmeros
nutrientes que agem diretamente no cérebro e são capazes de melhorar a
performance no dia a dia, como o ômega-3 e vitaminas B e D. Tudo é baseado na
ciência e na condição genética. Hoje somos capazes de descobrir quais são os
alimentos tolerados pelo organismo testando o próprio DNA. Temos que ter em
mente que nosso corpo é inteiro interconectado", frisa Dra. Roberta.
E o sono?
Utilizar
a técnica do biohacking para ter uma melhor noite de sono inclui a exposição de
alguns tipos de luzes antes de dormir, além de algumas técnicas simples para
atribuir um bom descanso.
"Alguns
hábitos simples fazem toda a diferença na hora de dormir. Por exemplo, tente
dormir em um quarto totalmente escuro. Além disso, evite ingerir cafeína após
as duas horas da tarde ou grandes refeições antes de deitar. Na técnica
biohacker, a qualidade do sono vale muito mais do que a quantidade. É neste
momento que nossos órgãos se regeneram e nosso cérebro elimina todas as toxinas
acumuladas durante o dia", finaliza a profissional.
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