Com o isolamento, nestes quase dois anos de pandemia, o número de pessoas que adotaram bichinhos de estimação aumentou consideravelmente. Alguns para fugir da solidão, outros para alegrarem seus filhos, mas o importante é que muitos animais foram resgatados, ganharam novos lares e isso aqueceu o mercado pet, um caminho sem volta, segundo especialistas.
O futuro deste mercado é promissor. Os especialistas dizem que a perspectiva de
crescimento gira em torno de 85% até 2026. Até o final de 2021, o Brasil deve
conquistar o sexto lugar no ranking de maior mercado pet do mundo.
Já somos o segundo no mercado mundial de alimentos para cães e terceiro em
alimentos para pet, segundo o Euromonitor International.
Nos últimos anos, a indústria de acessórios e alimentos para pet cresceu
bastante e confrontou a crise econômica, problemas políticos, percorrendo
caminho contrário aos problemas causados pela pandemia. Com todo mundo em casa,
sobrou tempo para cuidar ainda mais de seus bichinhos e quem não tinha nenhum,
adotou seu primeiro amiguinho.
Neste período, o ramo veterinário foi classificado como um setor essencial, o
que favoreceu clínicas e lojas a continuarem abertas. Não há dúvidas de que
isso foi determinante para o setor. Muitos se reinventaram, adotando o sistema
delivery e conseguiu se manter em pé.
"Foi um ano complicado e desafiador, mas os resultados mostraram um
crescimento expressivo, tanto no comércio de acessórios e alimentos, como
também na conscientização das pessoas, em relação aos animais esquecidos nas
ruas", conta Carol Botelho, do @ospaulistinhas, instagram criado por ela,
para postagens de conteúdos de entretenimento e humor, com seus pets.
Os paulistinhas @ospaulistinhas têm
hoje 417 mil seguidores, E acabam, em função disso, experimentando muitos
produtos novos no mercado para indicar para os fãs. Um dos brinquedos favoritos
da dupla é o tapete de fuçar. " Não é só brincadeira, diversão, a bola de
fuçar ou mesmo o tapete faz com que a cabecinha do animal pense, porque obriga
ele a pensar como ele vai caçar o alimento."explica a Carol.
Já no começo da pandemia, em 2020, o aumento foi de 300% nas adoções de cães e
de gatos. Muita gente procurou abrigos de adoção e isso impactou no setor
financeiro do segmento. Já em 2021, com o poder aquisitivo menor, as adoções se
estabilizaram e o abandono dos animais já está aumentando.
"Se a pessoa não tem o que comer em casa, está desempregado, muitas vezes
está até sem casa para morara, a consequência é abandonar o animalzinho também,
infelizmente. Mas, o fim do isolamento deve melhorar a situação, acreditamos
que haverá aumento de outros serviços, como o de hospedagem, de cuidadores,
adestradores e até de spa para pets", comenta Carol.
Carolina De Arruda Botelho - tutora/mãe de dois fox
paulistinhas, eles acabaram virando influenciadores digitais. A Carol tem uma
grande preocupação com o abandono de animais, e participa de várias causas
sociais, uma delas é um projeto que ajuda a arrecadar dinheiro para fazer apoio
de rodinhas para animais deficientes.
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