A informação de que a alimentação correta reflete na saúde física não é mais novidade. Mas, o que poucos sabem é que a dieta afeta diretamente o cérebro, interferindo na sensação de estar bem, ou seja, na saúde emocional
Sempre
se ouve falar sobre a importância da alimentação saudável, mas em outubro o
tema ganha ainda mais destaque devido ao Dia Mundial da Alimentação celebrado
no sábado, 16. Para reforçar a importância do assunto, a especialista em
emagrecimento saudável, Edivana Poltronieri, vai além do clichê de que se
alimentar bem promove qualidade de vida, e explica a relação entre consciência
alimentar e equilíbrio emocional. Entenda!
“Existem
literaturas e estudos que associam alimentação e saúde mental. O fato é um só:
alimentar-se mal pode prejudicar a mente! Açúcares e gorduras, por exemplo, são
importantes para a nossa energia, mas quando consumidos em excesso, causam
desequilíbrios que nos deixam vulneráveis a mudanças radicais de humor”, pontua
Poltronieri.
Dados
comprovam uma forte relação entre alimentação e depressão, por exemplo. Em
2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou o Brasil como o segundo país
das Américas com maior número de pessoas depressivas, perdendo apenas para os
Estados Unidos. No quesito ansiedade, porém, o Brasil ocupa o primeiro lugar no
ranking. Paralelamente a isso, o número de brasileiros obesos mais que dobrou
entre 2003 e 2019, indo de 12,2% para 26,8%. Ou seja, uma em cada quatro
pessoas a partir dos 18 anos sofre com a doença, o que corresponde a 41 milhões
de pessoas.
“O
ditado ‘somos o que comemos’ é uma realidade. Inclusive, pessoas que passam por
tratamentos contra os distúrbios emocionais geralmente seguem uma dieta
equilibrada rica em alimentos anti-inflamatórios. Ou seja, frutas vermelhas e
cítricas, peixes e vegetais estão entre os tipos de alimentos eficazes na
prevenção da depressão”, explica a especialista em emagrecimento saudável, que
categoriza também legumes e oleaginosas como outros grupos de alimentos que
protegem o cérebro da inflamação responsável por desregular as emoções.
Os
segredos do emagrecimento saudável
No
mês da alimentação, Edivana sugere uma autoavaliação que transcende a estética.
Para a especialista, emagrecimento saudável vai além do que a balança mostra.
“Não é à toa que muitos ficam a vida inteira no efeito sanfona. Isso acontece
porque a pessoa quer emagrecer, mas não faz isso pelos motivos certos”,
esclarece Poltronieri.
Para
ajudar nesse sentido, Edivana dá duas dicas fundamentais. “Primeiro, respeite e
enobreça as suas características corporais. Quando entendemos que somos indivíduos
com biotipos diferentes, não nos limitarmos ao padrão estético do que vemos nas
redes sociais”.
A
outra dica é adquirir conscientização alimentar. “Quando entendemos os males
que gorduras, açúcares e junk food fazem com o cérebro, naturalmente as escolhas
alimentares mudam e isso reflete além da estética. Passamos a ser pessoas mais
equilibradas e bem humoradas. Essa é a chave do estar bem”, finaliza
Poltronieri.
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