Pesquisa da ACAMS,
KPMG e SAS mostra aumento de adoção das tecnologias por parte das instituições
financeiras
A pandemia acelerou a transformação digital de
muitas empresas, mas também serviu de palco para o aumento do número de crimes
financeiros em todas as esferas. Nesse contexto, inteligência artificial e
machine learning surgiram como tecnologias-chave para os profissionais de compliance
que procuram agilizar seus processos para combater crimes financeiros e lavagem
de dinheiro.
A Associação de Especialistas Certificados contra a
Lavagem de Dinheiro (ACAMS), em parceria com a KPMG e com o SAS, líder global
em analytics, entrevistou mais de 850 profissionais responsáveis por combater
lavagem de dinheiro nas empresas para entender os desafios da adoção de
Inteligência Artificial e machine learning na luta contra esse tipo de crime e
detectar até que ponto o COVID-19 impactou a governança das empresas.
O resultado do estudo mostra que o investimento na
aplicação de Inteligência Artificial e Machine Learning por parte das
instituições financeiras foi impulsionado durante o período, com um terço delas
aderindo a essas tecnologias, principalmente para melhorar a qualidade das
investigações e resposta às autoridades regulatórias (40%) e também para
reduzir falsos positivos e custos operacionais (38%). Na pesquisa, 60% dos
respondentes já adotaram ou planejam adotar IA nos próximos 12 a 18 meses.
As principais conclusões incluem:
- 57%
dos entrevistados já implantaram Inteligência Artificial/Machine Learning
em seus processos de aderência contra lavagem de dinheiro, possuem
projetos-piloto de Inteligência Artificial ou planejam implementá-las nos
próximos 12-18 meses.
- 49%
dos entrevistados se identificaram como os principais usuários de IA,
líderes de IA ou inovadores, ou "seguidores rápidos". Outros 29%
adotam a tecnologia assim que ela atinge um grande número de pessoas e as
indústrias, enquanto apenas 22% dos entrevistados se declararam usuários
tardios;
- 66%
dos que responderam consideram os reguladores dos processos de lavagem de
dinheiro como apoiadores das tecnologias AI/ML.
Não são apenas as maiores instituições financeiras
que lideram a carga sobre a adoção de tecnologia: 28% das grandes instituições
financeiras, aquelas com ativos superiores a US$ 1 bilhão, consideram-se
inovadoras e adotaram rapidamente inteligência artificial. Entretanto, de forma
encorajadora, 16% das instituições financeiras menores (aquelas avaliadas
abaixo de US$ 1 bilhão) também se consideram como líderes do setor na adoção da
tecnologia IA.
"A mudança radical no comportamento do
consumidor provocada pela pandemia forçou muitas instituições financeiras a
verem que as estratégias de monitoramento estáticas e baseadas em regras
simplesmente não são tão precisas ou adaptativas quanto os sistemas de decisão
comportamental", disse David Stewart, Diretor de Crimes Financeiros e
Compliance da SAS. "As tecnologias Inteligência Artificial e Machine
Learning são dinâmicas por natureza, capazes de se adaptar inteligentemente às
mudanças do mercado e aos riscos emergentes - e podem ser integradas aos
programas de conformidade existentes rapidamente, com o mínimo de interrupção.
Os primeiros adotantes estão ganhando eficiências significativas enquanto
ajudam suas instituições a cumprir com as crescentes expectativas
regulatórias".
Em relação a como a COVID-19 pode afetar a linha do
tempo de adoção de Inteligência Artificial e Machine Learning das organizações,
39% responderam que é provável que seguirão sem alterar sua linha do tempo; 33%
disseram que provavelmente adotariam mais cedo devido aos desafios adicionais
trazidos pela pandemia, e 28% disseram que provavelmente adotarão mais tarde do
que planejado devido à COVID-19.
SAS
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