A doença, mais frequente em idosas, tem
atingido cada vez mais mulheres entre 30 e 50 anos
Mais
comum em pessoas com idade acima dos 65 anos, a artrose vem atingindo também os
mais jovens, exigindo uma atenção especial daqueles que não conhecem os
incômodos efeitos do problema que pode atingir diversas articulações do corpo
humano. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia (SBOT), 10% da população na faixa etária entre 30 e 50 anos
apresenta problemas relacionados a artrose. Desse número, a maioria são
mulheres.
“A
artrose é um processo degenerativo onde ocorre a perda da anatomia articular
saudável. Os sintomas mais comuns são dor e perda da mobilidade articular. A
doença, até o momento, não tem cura. Os locais mais comuns de serem
diagnosticados com artrose são: quadril, coluna, joelho, mão e punho, pé e
tornozelo, ombro e cotovelo”, comenta a ortopedista Soraya Melina Alves, membro
da Sociedade Brasileira do Quadril.
Segundo
a especialista, a doença é mais comum em mulheres. Por isso, durante a vida
sexual ativa, são elas que podem sofrer ainda mais com a artrose,
principalmente quando a articulação acometida é o quadril. ‘‘A dor traz
limitação para o ato sexual tanto de homens como mulheres. Em alguns casos mais
específicos, como artrose em coxas profundas ou otopelves (condições em que há
um encarceramento da cabeça do fêmur), a mobilidade do quadril é muito restrita
impedindo até mesmo a abertura dos membros inferiores ou mobilidade pélvica’’,
afirma a médica.
Segundo
Soraya, a artrose no quadril tem diferentes estágios. ‘‘Nos mais iniciais, o
tratamento clínico é a melhor opção visando manter boa mobilidade e controle da
dor’’, diz a especialista. Já sobre o tratamento, a médica afirma que a
cirurgia, em casos mais graves, é o mais indicado. ‘‘Com a progressão dos
sintomas e as limitações funcionais, o tratamento cirúrgico é o indicado. A
artroplastia do quadril (procedimento cirúrgico) é a indicação padrão para os
casos de coxartrose’’, conclui.
De
acordo com a especialista, para as mulheres que têm a doença, mas ainda estão
em idade de vida sexual ativa, a criatividade é essencial. ‘‘Se a paciente tem
mobilidade no quadril, mas tem dor, o indicado é seguir um tratamento com
medicação. Outro ponto é indicar para a paciente posições alternativas que não
necessitem de abertura de perna para evitar o desconforto. Geralmente, as
posições de lado são as que não trazem desconforto ou dor no quadril para a
paciente, mas também, ela pode usar a criatividade nesse momento’’, completa
Soraya.
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