Confira como a alimentação e atividade
física podem ajudar a evitar e tratar o estresse
Em um mundo onde o
estresse muitas vezes domina, principalmente em uma pandemia, fica difícil
encontrar alguém que não viva momentos de ansiedade, tornando-se uma
preocupação real de saúde pública. Pensando nisso e em conscientizar a
população dos cuidados com o problema, nesta quinta-feira (23), é lembrado o
Dia Mundial do Combate ao Estresse, problema que pode aumentar o risco de
derrame, e outros problemas cardíacos.
Uma pesquisa, publicada no jornal da Associação Americana do Coração (AHA, na
sigla em inglês), no dia 13 de setembro, revelou que dobrar os níveis de
cortisol (hormônio do estresse) sozinho - mas não de norepinefrina, epinefrina
e dopamina - foi associado a um risco 90% maior de sofrer um evento
cardiovascular.
Mas como combater este mal? Será que a alimentação e atividade física podem
ajudar? Nesse sentido, já é bem conhecido que uma alimentação adequada é um
fator determinante no auxílio do combate às consequências dos estímulos
estressores e outras doenças, uma vez que a saúde intestinal participa
diretamente na produção e liberação de precursores para neurotransmissores como
o triptofano, serotonina e o GABA, que uma das suas principais funções é
minimizar o estresse e ansiedade.
A psicóloga e professora do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ciomara
Schneider, explica que o estresse não tem cura porque está ligado às pressões
externas, como família, trabalho e estudo. Mas há formas de combater o estresse
e minimizar o efeito, com exercício físico e uma alimentação equilibrada e saudável.
"Ele está no cotidiano, e por isso não há cura, é necessário estar sempre
controlando a forma que reagimos aos momentos de estresse e procurar ajuda
profissional", pondera. Ela continua: "o corpo e a mente de cada um
reage ao estresse de forma muito singular de acordo com a personalidade e a
rotina de cada um".
Para modular o estresse diário, procure seguir as seguintes dicas:
- Peça ajuda sempre que necessário.
- Saia da inércia, se tiver indicação, pratique exercícios físicos!
- Coma comida de verdade.
- Descasque mais e desembale menos.
- Aumente a hidratação, beba água!
- Aumente o consumo de vegetais verdes escuros.
- Tenha uma alimentação variada e colorida.
- Aumente o consumo de alimentos ricos em ômega 3 (peixes de águas profundas).
- Consuma alimentos ricos em magnésio (semente de abóbora, nozes, abacate e
amêndoas).
Alimentação
A nutricionista Ana Acioli de Queiroz, do Hospital Anchieta de Brasília,
explica a importância de uma boa alimentação e não cair em tentações de prazer
alimentício imediato. Para ela, é crucial reforçar que os alimentos usualmente
procurados como válvula de escape, são os que promovem uma sensação de
bem-estar imediato, entretanto, são os principais promotores do estresse e
inflamação. "São exemplos deles o açúcar, cafeína, alimentos gordurosos
(frituras), farinhas refinadas, embutidos e álcool", cita.
Vale lembrar que as pessoas com transtornos mentais, seja transitório ou não,
se encontram em um estado de inflamação crônica. "Estudos apontam que um
intestino saudável e com diversidade microbiológica promove redução da
inflamação periférica e, consequentemente, redução da neuro inflamação,
auxiliando nos sintomas de depressão e estresse", ressalta.
Atividade física
O profissional de educação física, da Bodytech Goiânia, Evandro Carniato,
ressalta que o exercício é um tratamento anti-ansiedade natural e eficaz, pois
alivia a tensão e o estresse. Ele aumenta a energia física e mental e melhora o
bem-estar através da liberação de endorfina. "Exercitar é uma maneira
eficaz de quebrar esse ciclo", pontua. "Além de liberar endorfinas no
cérebro, a atividade física ajuda a relaxar os músculos e aliviar a tensão no
corpo. Uma vez que o corpo e a mente estão intimamente ligados, quando seu corpo
se sente melhor assim, também, sua mente", conclui.
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