Veterinária
aborda sobre a importância da prevenção nos pets, que começa pela vacinação, e
como evitar as 59 mil mortes em pessoas que acontecem por ano
Apesar de agosto ser
conhecido como o mês do "cachorro louco", por causa da alta
incidência da raiva, é em 28 de setembro que é comemorado o Dia Mundial Contra
a doença. A raiva deve ser evitada o ano inteiro, mas a data serve para
reforçar aos tutores a importância de manterem a carteira de vacinação de cães
e gatos em dia. A doença é infecciosa e é considerada uma das zoonoses mais
perigosas do mundo, além de poder afetar os animais e os humanos. Conversamos
com Daniela Baccarin, médica-veterinária e gerente de produto pet da MSD Saúde
Animal, para falar sobre a melhor forma de prevenir a enfermidade.
"Apesar de ser
bastante conhecida, a raiva continua fazendo vítimas e ainda é uma ameaça em
150 países, sendo 59 mil mortes por ano em pessoas que acontecem em todo o
mundo.", alerta.
Como acontece?
O principal meio de
contaminação é o contato com a saliva de um animal infectado, ocasionado por
meio de mordidas, arranhaduras e lambeduras, que leva rapidamente à transmissão
do vírus para o sistema nervoso central do animal, causando inflamação no
encéfalo, encefalite e outros danos neurológicos fatais.
Sintomas
A raiva é lembrada pela salivação excessiva, que é um dos sintomas, mas, além
deles, os pets podem apresentar outros como mal-estar, febre, náuseas, dor de
garganta, irritabilidade, mordedura, paralisia e convulsão.
"Qualquer sinal
diferente que o cachorro apresente é importante encaminhá-lo ao veterinário,
que poderá realizar o diagnóstico correto, com exame como testes laboratoriais
ou saliva, bem como indicar os cuidados adequados", reforça Daniela.
Prevenção
Assim como para a maioria das doenças, a melhor forma de evitar a contaminação
é a prevenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para eliminar
a transmissão da raiva, principalmente em áreas endêmicas, pelo menos 70% dos
cães devem ser vacinados em massa todos os anos.
"Os tutores
precisam ficar atentos ao período de vacinação do animal. Algumas cidades
possuem campanha de vacinação, mas se não houver campanha na cidade do tutor, é
só procurar uma clínica veterinária. O importante é fazer a principal lição de
casa, vacinar", alerta.
Vacinação
A veterinária explica que os cães e gatos podem receber a primeira dose de
vacina antirrábica a partir de 12 semanas de idade, com reforço anual, segundo
as diretrizes de vacinação da World Small Animal Veterinary Association
(WSAVA). "Apesar disso, é imprescindível a consulta com um especialista
para fazer a aplicação do imunizante de acordo com o perfil do cão ou gato, que
pode variar por diferentes fatores, como a região em que o animal mora",
aconselha.
Outro ponto básico é
que o proprietário realize visitas periódicas ao veterinário, para facilitar a
identificação do problema com antecedência, além de outras doenças que podem
ser assintomáticas.
Protegendo os animais
e as pessoas!
A raiva não tem cura e
sua evolução pode causar o óbito. Além disso, é essencial lembrar que quando
vacinamos e cuidamos do nosso animal estamos protegendo a nossa família e as
pessoas que convivem com ele. Isso porque a vacinação evita a contaminação e
elimina o risco humano também, além de contribuir com a Saúde Única, conceito
que mostra como a saúde animal afeta também a saúde humana e o meio ambiente.
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