O Miniatur Wunderland, localizado em Hamburgo, vai inaugurar uma seção dedicada à América do Sul e convidou uma empresa brasileira, a Frateschi Trens Elétricos, para participar do projeto; inauguração está prevista para o final deste ano
O Brasil ganhará uma área temática no maior parque
de diversões de miniaturas do mundo, localizado em Hamburgo, na Alemanha. O Miniatur
Wunderland, situado em um prédio histórico da cidade, possui a maior instalação
de trens em miniatura de todo o mundo e reúne cenários de diversos países e
regiões, como a própria Alemanha, além da Áustria, Escandinávia, Suíça, Mônaco,
Estados Unidos, entre outros. Agora, o Miniatur Wunderland está construindo uma
área dedicada à América do Sul, com destaque para o Brasil, e sua inauguração
está prevista para o final deste ano, justamente quando a atração completará
duas décadas de operação.
Os construtores estão trabalhando com uma equipe de
15 sul-americanos para criar esta nova seção, que terá 200 m2 retratando
a Amazônia, o Rio de Janeiro, os Andes, a Patagônia e outros cenários do
continente. E os idealizadores do projeto convidaram uma empresa brasileira
para participar do projeto, a Frateschi Trens Elétricos, empresa com sede em
Ribeirão Preto, no interior paulista, que possui 54 anos de atuação no mercado
e é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de
composições reais na América Latina.
A empresa doou 300 vagões e 100 locomotivas que
farão parte do novo cenário. “Para nós é motivo de orgulho colocar o país no
centro do modelismo mundial, em um museu de reconhecimento internacional. O
mundo real oferece muita inspiração, e certamente este museu sempre estará em
constante transformação”, diz Lucas Frateschi, diretor da empresa.
Os números superlativos do Miniatur Wunderland
justificam esta fama. Anualmente, a atração recebe 1,6 milhão de visitantes,
mais que o Castelo de Neuschwanstein, símbolo
da Alemanha e com mais de 100 anos de idade. Inaugurado em 16 de agosto de
2001, o museu já recebeu investimentos de 36 milhões de euros, consumiu 948 mil
horas de trabalho e possui uma maquete de 1.500 m2, uma superfície
total de 7 mil m2, quase 16 mil metros de trilhos, 1.040 trens, 385
mil luzes, 260 mil figuras, 4.100 construções e 130 mil árvores.
Os números referentes à América do Sul também serão
grandiosos, pois serão 190 mil horas trabalhadas, 1.600 metros de trilhos, 115
trens, 50 mil lâmpadas e 60 mil figuras. Serão os primeiros países do
hemisfério sul do museu. Mesmo após
a inauguração de uma seção dedicada ao continente sul-americano, o Miniatur
Wunderland continuará em expansão. Para 2024 está prevista a implantação de uma
área dedicada à América Central e Caribe e, em 2026 e 2027, uma para a Ásia.
O museu começou a ser construído em 2000 pelos
gêmeos Frederick e Gerrit Braun. Além da mais moderna tecnologia, impressiona
pela riqueza de detalhes e, desde então, tem crescido continuamente. Outro
ponto importante é sua capacidade de gerar empregos. Atualmente, emprega cerca
de 360 trabalhadores diretos.
História do ferreomodelismo
O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do
mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi
adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por
volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou,
principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias
deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão
de algumas pessoas por este hobby se intensificou.
“O ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento,
baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam
fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de
decoração e cenário e projetar as construções. É preciso ter capacidade de
observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução
do mundo real é totalmente artesanal”, diz Lucas Frateschi.
Indústrias Reunidas Frateschi
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