Brasileiros
acreditam que alunos não conseguirão compensar perdas da falta de educação
formal durante a pandemia
A maior parte das escolas brasileiras deve reabrir
em agosto, após um longo período de fechamento das instituições de ensino
devido à pandemia. O retorno às aulas presenciais será desafiador. Para 41% das
pessoas entrevistadas pela Ipsos em 29 países – incluindo o Brasil –, manter o
foco e a concentração é visto como o grande desafio que afetará a vida de
crianças e adolescentes a partir de 11 anos neste processo de retorno. Entre os
brasileiros, o número é ainda maior, de 44%. O tema lidera um ranking de
preocupações que, no país, inclui ainda lidar com questões relacionadas à
Covid-19 (39%) e se ajustar às mudanças no ambiente escolar (37%).
Para os entrevistados, os impactos da pandemia para
crianças e adolescentes serão duradouros. O principal deles é a piora na saúde
mental e estado de bem-estar, segundo 37% das pessoas ouvidas pela Ipsos. No
Brasil, o mesmo item fica em segundo lugar, com 40%, perdendo para a
possibilidade de as crianças serem incapazes de compensar a falta de educação
formal, resultando em piores qualificações – escolha de 42% dos entrevistados
no país. Em terceiro, com 34%, aparecem as maiores taxas de desemprego e perdas
salariais.
A maioria dos entrevistados, no entanto, considera
aceitável o fechamento das escolas para reduzir a transmissão de Covid-19. O
índice de aprovação das medidas no Brasil é igual à média global, de 62%. A
pesquisa também avaliou quais são as medidas mais importantes para melhorar a
educação. Para os brasileiros, apoiar as famílias que precisam de recursos para
despesas com uniformes, livros, transporte e outras (47%), investir em
treinamento para professores (39%) e proporcionar o acesso à conexão de internet
de alta velocidade para todos (38%) são as principais medidas.
A Ipsos ouviu 20.010 adultos em 29 países entre 21
de maio e 4 de junho de 2021. No Brasil, foram entrevistadas 1.000 pessoas. A
margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para o Brasil.
Ipsos
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