Ministério
da Agricultura prevê produção de trigo nacional em mais de 330 milhões de
toneladas nos próximos dez anos
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Ministério da
Agricultura prevê crescimento de 27% no setor até 2031; soja, milho, algodão e
trigo puxam a evolução do setor
Enquanto outros setores produtivos mostraram
dificuldades para crescer durante a pandemia, o agronegócio brasileiro “puxou
para cima” o PIB nacional em 2020 - e deve continuar o bom desempenho também na
próxima década. Segundo o estudo Projeções
do Agronegócio, Brasil 2020/21 a 2030/31, realizado pela Secretaria de
Política Agrícola do Ministério da Agricultura, a produção de grãos no Brasil
deverá atingir mais de 330 milhões de toneladas nos próximos dez anos, uma evolução
de 27%, a uma taxa anual de 2,4%. Soja, milho, algodão e trigo deverão se
manter como os grandes protagonistas no campo.
O levantamento concluiu ainda que o consumo do
mercado interno, o crescimento das exportações e os ganhos de produtividade, aliados
às novas tecnologias, deverão ser os principais fatores de expansão do
agronegócio brasileiro, que representou, no ano passado, mais de 26% de todo o
produto interno bruto do país.
Na contramão
O setor de farinha de trigo, por exemplo, foi
fortemente impactado pelo aumento no consumo de pães e massas no mercado
interno durante a pandemia, e teve um crescimento de 9% no faturamento do ano
passado, segundo estudo da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de
Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados).
E a tendência seguiu assim no primeiro trimestre de
2021. A Herança Holandesa - linha de farinhas de trigo da Unium, marca
institucional das indústrias das cooperativas paranaenses Frísia, Castrolanda e
Capal - registrou no período, uma produção de 36,6 mil toneladas de farinha de
trigo, e um faturamento que ultrapassou os R$ 67 milhões, números robustos para
o setor no estado. “Os primeiros meses do ano foram muito positivos para o
moinho da Unium. Nossa estimativa de produção para 2021 é de 140 mil toneladas,
mesmo com um segundo semestre mais desafiador, com o preço do dólar
influenciando no custo da matéria-prima”, explica o coordenador de negócios do
moinho de trigo da Unium, Cleonir Ongaratto.
Dividida entre farinha e farelo de trigo, a
produção da Unium não foi interrompida durante o período mais crítico do
isolamento social, e a companhia conseguiu ainda investir R$ 756 mil em seus
produtos em 2020. Ongaratto afirma que o principal objetivo foi garantir que
todos os clientes fossem atendidos e que os supermercados estivessem
abastecidos. “E a tendência é que continuemos dessa forma. Temos um
estudo para uma duplicação da moagem no moinho da Herança Holandesa, que deve
ser aprovado pela diretoria da Unium ainda este ano, pois acreditamos que o
setor continuará crescendo no futuro”, finaliza o coordenador.
Unium
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