quinta-feira, 1 de julho de 2021

Como a radioterapia é aplicada em cada tipo de câncer


Entenda como o tratamento funciona para os cânceres mais comuns nas clínicas de radioterapia

 

Pelo menos metade dos pacientes oncológicos vão precisar de tratamento radioterápico em algum momento. Algumas neoplasias são mais recorrentes nas clínicas e as que mais demandam a radioterapia como tratamento. Para cada uma delas, existem uma indicação e um estudo individual. 

A radioterapia, no geral, utiliza radiações ionizantes com o objetivo de destruir ou impedir a proliferação das células tumorais, podendo ser o único tratamento a ser realizado, ou parte de um tratamento combinado com cirurgia ou quimioterapia, por exemplo. 

“A indicação é mais comum em pacientes com câncer de mama; próstata; cabeça e pescoço; colo do útero; colorretal e de pulmão”, enumera o rádio-oncologista Miguel Torres, presidente do Instituto de Radioterapia São Francisco.

 

Abaixo, o médico explica como é o tratamento em cada um deles:


 

Câncer de mama

 

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 66.280 novos casos de câncer de mama por ano. A radioterapia é amplamente empregada no tratamento dos tumores de mama. “Pode ser utilizada de forma intra-operatória - durante o procedimento cirúrgico, ou após as cirurgias mamárias, quando ela deve proteger a mama do ressurgimento do tumor”, explica.


 

Câncer de próstata


Estima-se 65 mil diagnósticos de câncer de próstata anualmente. “Nos casos em que o câncer está localizado, ou seja, não chegou a se espalhar para outros órgãos, a radioterapia tem trazido bons resultados em relação à qualidade de vida do paciente após o tratamento”, diz Torres.


Nesse caso, ela pode ser empregada de duas formas: Radioterapia externa (sem contato com o paciente) e Braquiterapia (quando a fonte radioativa está em contato com o órgão). A indicação depende da avaliação médica.


 

Câncer de cabeça e pescoço


As neoplasias de cabeça e pescoço englobam todos os tumores que surgem nessa região, como orofaringe, cavidade oral, laringe, hipofaringe e nasofaringe. Segundo o INCA, o câncer da cavidade oral, por exemplo, tem 15 mil novos casos anualmente. “O tratamento precisa de uma equipe multidisciplinar e a radioterapia vai agir com a intenção de cura ou cuidado paliativo, dependendo do paciente”, explica.


 

Câncer de colo de útero


O INCA estima mais de 16 mil diagnósticos de câncer de colo uterino no Brasil por ano. “Para essa neoplasia o tratamento radioterápico pode ser o principal, dependendo do estágio, ou combinado com cirurgia e/ou quimioterapia. Em outros, pode ser utilizada para a recidiva de metástases”, diz Torres.


 

Câncer colorretal


O câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas no Brasil anualmente, segundo o INCA. O tratamento varia desde a ressecção da lesão por meio de colonoscopia em casos mais iniciais até cirurgias mais extensas, quimioterapia e radioterapia nos tumores mais avançados. “Uma prática que vem sendo investigada é a estratégia de preservação do órgão, utilizando quimioterapia e radioterapia combinadas. Uma opção viável para a não necessidade de cirurgia”, comenta Miguel Torres.


 

Câncer de pulmão


O INCA espera ao menos 30 mil novos diagnósticos anuais de câncer de pulmão. Segundo Miguel Torres, a radioterapia tem ampla utilização, dependendo do estágio do câncer de pulmão, podendo ser: tratamento principal; antes da cirurgia, para reduzir o tumor; após cirurgia, para destruir células remanescentes; tratamento de metástases ou paliativo.


Além disso, é possível citar câncer de cérebro, pâncreas, pele, coluna, esôfago, entre outras neoplasias com menos frequência, que também utilizam a radioterapia em alguma etapa do tratamento.




 

IRSF - Instituto de Radioterapia São Francisco

 

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