Unicórnios, decacórnios, hectacórnios. Bilhões e até trilhões de dólares. Empresas com tamanhos inacreditáveis devem ser assustadoramente complexas. Bem, o que não é complexo hoje em dia?
Um simples ponto de venda de açaí
pode ser demasiadamente complicado e demandar muita energia da equipe. É o
mundo líquido com suas muitas incertezas e pouca segurança assustando os mais
bravios gestores.
Mas, acalme-se, a mesma teoria da
complexidade que norteia grandes corporações pode te oferecer uma bela ajuda.
Vamos aos pontos!
1. Desestabilizando o sistema
Nem tensão a ponto de estourar e nem frouxidão que não provoca. Um
dos nomes na teoria da complexidade, Tentebaum, dá a dica:
“Os administradores precisam
manter a tensão em um ponto que gere uma imaginação dinâmica, sem exceder
a habilidade das pessoas de controlar o estresse provocado”.
2. Inovando com atratores
A teoria da complexidade sugere que
em ambientes empresarias, para lidar com inúmeros desafios e ainda ser
inovadora, uma empresa pode entregar mais liberdade para suas equipes e ainda
assim ter certo nível de segurança. Como? Usando seus atratores como base.
Segundo Giovannini e Kruglianskas
(2004) "entende-se, por atrator, um conjunto invariante, para o qual
órbitas próximas convergem depois de um tempo suficientemente longo, isto
é, valores para os quais tendem os valores resultantes de um sistema
dinâmico não linear, após certo número de ciclos".
Ou seja, deixe muito claro para a sua
equipe a missão e os valores da empresa, dê uma dose de incentivo e
liberdade e veja mudanças acontecerem.
3. Sua empresa tem redundância?
“Os sistemas com capacidade de
sobreviver e evoluir geram processos redundantes, sendo que a redundância
é um afastamento previsível da aleatoriedade (CKEIK, 2008; BAUER, 2008,
GIOVANNINI E KRUGLIANSKAS 2004).
Redundância nesse sentido não é algo
ruim. Pelo contrário! Diferentes pessoas conhecendo processos iguais é
importante para que o todo possa funcionar em caso da falta de uma unidade.
Distribuir informação é necessário, não centralize.
4. Para Improvisar tem que Comunicar
Improviso, esse é outro termo que
pode confundir. Improvisar não é fazer de qualquer jeito. O autor e estudioso
da teoria da complexidade, Bauer, explica de maneira fácil:
“A improvisação caracteriza-se por
duas propriedades-chave: a primeira é que os participantes comunicam-se
intensamente uns com os outros, em tempo real; a segunda é que eles se
concentram, deliberadamente, no que está acontecendo naquele momento”.
Ou seja, comunicação e foco!
5. Adaptação
Expectativa pode não ser a realidade, e para falar a verdade, na
maioria das vezes não é.
Adaptar-se é mais que sobreviver, é
evoluir. Com a velocidade das mudanças e a quantidade de elementos que temos
que levar em consideração em nossas tomadas de decisões, adaptação talvez seja
a ferramenta mais importante para você ter no bolso.
André
Nicolau - Empreendedor, fundador da rede
de escolas de música U4M, formado em marketing, escritor do livro Dirigindo
Eventos.
@drenicolau
Este
texto foi produzido como adendo ao trabalho de encerramento da disciplina
Complexidade nas Organizações da Pós Graduação pela PUC Campinas.
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