Cirurgias robóticas já correspondem a mais de 15% do total ao redor do mundo. Brasil concentra apenas cerca de 1% dos dispositivos
A cirurgia robótica é
uma abordagem para intervenções médicas que vem ganhando cada vez mais espaço
mundialmente. Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Michigan, nos
Estados Unidos, estima que os procedimentos assistidos por robôs já
correspondem a mais de 15% do total
mundial.
Para o médico urologista
Rodrigo Lima, membro da Singulari
Medical Team, esse avanço é natural diante de seus benefícios.
“Por ser minimamente invasiva e de menor duração, a cirurgia robótica permite
que o paciente retome suas atividades diárias rapidamente”, explica.
Cirurgia robótica e seus benefícios
Seja pela falta de
sintomas claros ou pela ausência de diagnóstico precoce, determinados quadros
têm a intervenção
cirúrgica como a melhor opção. Nesses casos, o reforço da
cirurgia robótica vem trazendo mais tranquilidade para os pacientes que
precisam se submeter à remoção de tecidos sem maiores traumas.
De fato, um levantamento
realizado em conjunto por médicos de diferentes universidades e hospitais
brasileiros constatou que 80% dos
cirurgiões do País que já utilizam esse recurso afirmaram que a experiência com o
suporte de robôs foi positiva e contribuiu para um aprimoramento de suas
técnicas.
Para o urologista, esse
ganho de precisão serve tanto para tranquilizar os pacientes como para melhorar
o prognóstico de conservação de órgãos, como é o caso da remoção de tumores cancerígenos
nos rins. “O que o robô acrescenta na urologia são vantagens como a fineza nos
movimentos e câmera 3D com aumento de imagem. Isso resulta em um procedimento
com maiores possibilidade de preservação do rim”, destaca.
Um robô cirurgião?
Diante do crescimento do
uso da cirurgia robótica – números mostram que mais de 5.500 unidades do
console patenteado pela principal empresa no mercado já estão em uso no mundo
–, é importante entender como funciona essa abordagem. Não se trata de um robô
capaz de operar um ser humano, mas de um equipamento de última geração
controlado por um cirurgião.
Como explica Rodrigo, o médico responsável
pelo procedimento opera por meio de um robô de quatro braços. Enquanto um deles
guia uma pequena câmera 3D, os demais são usados para manusear os instrumentos
cirúrgicos com precisão
milimétrica. Além desse profissional, um segundo cirurgião
participa do procedimento para qualquer eventualidade.
Por fim, enquanto boa
parte dos usos da tecnologia no Brasil ainda sendo destinados a cirurgias urológicas,
Rodrigo Lima aponta a importância de tornar esse tratamento mais conhecido e
acessível. “Além de ser mais rápida, a cirurgia robótica tem menos sangramento,
menos dor e menos complicação pós-operatória. Isso faz com que a intervenção
seja menos traumática para o paciente”, conclui.
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