terça-feira, 29 de junho de 2021

Cirurgia robótica: mais precisão e melhores resultados em procedimentos urológicos

Cirurgias robóticas já correspondem a mais de 15% do total ao redor do mundo. Brasil concentra apenas cerca de 1% dos dispositivos


A cirurgia robótica é uma abordagem para intervenções médicas que vem ganhando cada vez mais espaço mundialmente. Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estima que os procedimentos assistidos por robôs já correspondem a mais de 15% do total mundial. Para o médico urologista Rodrigo Lima, membro da Singulari Medical Team, esse avanço é natural diante de seus benefícios. “Por ser minimamente invasiva e de menor duração, a cirurgia robótica permite que o paciente retome suas atividades diárias rapidamente”, explica.

 

Cirurgia robótica e seus benefícios

Seja pela falta de sintomas claros ou pela ausência de diagnóstico precoce, determinados quadros têm a intervenção cirúrgica como a melhor opção. Nesses casos, o reforço da cirurgia robótica vem trazendo mais tranquilidade para os pacientes que precisam se submeter à remoção de tecidos sem maiores traumas.

De fato, um levantamento realizado em conjunto por médicos de diferentes universidades e hospitais brasileiros constatou que 80% dos cirurgiões do País que já utilizam esse recurso afirmaram que a experiência com o suporte de robôs foi positiva e contribuiu para um aprimoramento de suas técnicas.

Para o urologista, esse ganho de precisão serve tanto para tranquilizar os pacientes como para melhorar o prognóstico de conservação de órgãos, como é o caso da remoção de tumores cancerígenos nos rins. “O que o robô acrescenta na urologia são vantagens como a fineza nos movimentos e câmera 3D com aumento de imagem. Isso resulta em um procedimento com maiores possibilidade de preservação do rim”, destaca.

 

Um robô cirurgião?

Diante do crescimento do uso da cirurgia robótica – números mostram que mais de 5.500 unidades do console patenteado pela principal empresa no mercado já estão em uso no mundo –, é importante entender como funciona essa abordagem. Não se trata de um robô capaz de operar um ser humano, mas de um equipamento de última geração controlado por um cirurgião.

Como explica Rodrigo, o médico responsável pelo procedimento opera por meio de um robô de quatro braços. Enquanto um deles guia uma pequena câmera 3D, os demais são usados para manusear os instrumentos cirúrgicos com precisão milimétrica. Além desse profissional, um segundo cirurgião participa do procedimento para qualquer eventualidade.

Por fim, enquanto boa parte dos usos da tecnologia no Brasil ainda sendo destinados a cirurgias urológicas, Rodrigo Lima aponta a importância de tornar esse tratamento mais conhecido e acessível. “Além de ser mais rápida, a cirurgia robótica tem menos sangramento, menos dor e menos complicação pós-operatória. Isso faz com que a intervenção seja menos traumática para o paciente”, conclui.


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