A
lipoaspiração é o segundo procedimento mais procurado pelos brasileiros
O Brasil se tornou o
país campeão na realização de cirurgias estéticas, segundo dados da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgados no final de
2019. A mamoplastia é a cirurgia mais procurada no país, seguida pela lipoaspiração.
A lipo, como é
popularmente conhecida, é uma cirurgia na qual o cirurgião plástico remove as
células de gordura que fica na região subcutânea por meio de uma cânula e vácuo
(vindo por uma seringa ou aparelho). Para ser seguro, o procedimento não deve remover
mais do que 7% da gordura corporal.
A cirurgiã plástica
Dra. Tatiana Moura, da SBCP, conta que há muitos nomes comerciais envolvendo a
lipoaspiração e que podem trazer dúvidas ao paciente que deseja se submeter a
esse procedimento estético.
Abaixo, ela conta um
pouco sobre alguns tipos de lipoaspiração:
Lipoaspiração
clássica: é feita no hospital, com o paciente sedado. "Antigamente, o
cirurgião só aspirava onde tinha gordura localizada - flanco, braço, papada,
culote. A técnica foi evoluindo, como toda a cirurgia plástica, e hoje é comum
fazer o procedimento no segmento como um todo".
Lipo HD ou de alta
definição: também feita em hospital e sob sedação, promove a remoção de
bastante gordura. "No caso da lipo de abdômen, por exemplo, não vamos
remover a gordura apenas acumulada embaixo do umbigo. Vamos tirar de todo o
abdômen, tentando deixar o subcutâneo o mais fino e homogêneo possível",
conta Dra. Tatiana. Como todo procedimento cirúrgico, há riscos de a pele
necrosar ou o tecido ficar heterogêneo.
Lipoescultura: é o
procedimento que esculpe as curvas do corpo, modelando-o e, em alguns casos,
transferindo a gordura de um local para outro do corpo.
Lipo light: também
chamada de minilipo, é realizada em ambulatório e sob anestesia local, com o
paciente acordado. "O cirurgião segmenta o paciente e faz apenas um local
por procedimento: braço, coxa, costas", exemplifica a cirurgiã plástica.
Hidrolipo: também é
realizada em ambiente ambulatorial e sob anestesia local. "É inserido mais
anestésico diluído em soro durante o processo para remover a gordura de uma
forma mais líquida", conta a médica, que não realiza procedimentos
ambulatoriais.
Lipo 3D: neste
procedimento, feito em hospital e sob sedação, o cirurgião plástico imita, na
gordura da paciente, os gominhos da musculatura abdominal. "Na minha
opinião, se o paciente tem uma oscilação de peso importante, esse desenho vai
deixar seu abdômen deformado e totalmente irregular. Por isso, é um tipo de
lipoaspiração que exige do profissional atenção se realmente o paciente tem
indicação para tal", conta Dra. Tatiana.
A médica explica que
nenhum resultado é definitivo, uma vez que os pacientes podem ter oscilação de
peso ao longo da vida, comprometendo o visual.
"Tem gente que
diz que o conhecido fez a lipo, engordou e a gordura foi para outro lugar do
corpo. Isso não existe. A gordura que retiramos não vai voltar. O que acontece
é que a região lipoaspirada passa a ter menos células de gordura. Se a pessoa engorda,
aquele local vai ter menos gordura do que outras partes que não passaram pelo
procedimento, dando a impressão de que estão muito maiores", ensina Dra.
Tatiana.
A recuperação de
qualquer lipoaspiração pode ter edema, hematoma e dor. É fundamental que o paciente
converse com o cirurgião plástico de sua confiança para sanar todas as dúvidas
e entender como será o pós-cirúrgico.
A médica também alerta
quanto aos riscos que existem em qualquer procedimento, é importante escolher
um cirurgião membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e seguir as
orientações do profissional. Dra. Tatiana lembra que em casos de duas ou mais
lipos o procedimento pode ficar mais perigoso, portanto, é importante respeitar
as orientações e negativas de um profissional responsável!
Dra. Tatiana Moura • Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo. • Título de Especialista em
Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. • Membro Especialista da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica. • Residência Médica em
Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP. • Residência Médica em Cirurgia Plástica no Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina USP. •
Mestrado em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina USP. • Médica Colaboradora voluntária na equipe de Cirurgia
Plástica Infantil no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
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