Consultor financeiro cadastrado no GetNinjas dá orientações de como educar os pequenos
Diante da incerteza econômica causada
pela pandemia, a educação financeira se tornou um tópico essencial para as
famílias. Mas o entendimento de finanças não deve se restringir aos adultos e é
interessante que, desde cedo, as crianças também tenham noção de como
administrar o dinheiro. Pensando em ajudar os pais que querem educar os
pequenos a ter consciência financeira, o Claudio Munhoz, coach e consultor
financeiro em São Paulo que atende pelo GetNinjas,
selecionou algumas dicas sobre o assunto. Confira as orientações:
1 - Por que na infância?
Claudio aponta que é interessante que a educação financeira aconteça na
infância por dois motivos: as crianças são mais propícias física e mentalmente
a aprender, pois estão na fase de desenvolvimento da personalidade e de
autonomia. Além disso, outro argumento é o fato de que nesta fase não há vícios
de aprendizados ou crenças limitantes sobre dinheiro. Sendo assim, é mais fácil
ensinar o correto aos pequenos.
2 - Crianças vs Finanças familiares
Alguns pais receiam em deixar as crianças saberem das despesas do lar e
esquecem que é daí que a primeira lição financeira pode começar. Para Claudio,
todos os que contribuem com os gastos devem estar cientes das finanças,
inclusive os pequenos. Dessa forma, os caçulas começam a entender na prática
como usar e não usar o dinheiro. "A criança deve ser incluída no
planejamento familiar e estar a par de como andam as finanças da casa assim
como todos os integrantes. Obviamente esta inserção no conhecimento do
orçamento doméstico deve ser feito de acordo com a maturidade dos filhos e com
a intenção de promover o pertencimento familiar de todos", explica o
profissional.
3 - Mantenha o controle da mesada
Além de fazer a alegria da criançada, a mesada ajuda na educação financeira,
pois cria o senso de responsabilidade. Dessa forma, a quantia ajuda o pequeno a
entender o valor de cada coisa, bem como auxilia na assimilação de contas
matemáticas. Aos pais que pensam em implementar a técnica, a dica é verificar o
orçamento familiar e ver quanto pode ser destinado à mesada. Após esta primeira
ação, é importante estabelecer acordos com regras claras para a criança.
4 - Onde os pais erram?
Como figuras de referências, os pais devem se atentar para não cometer erros
que podem comprometer a educação dos pequenos. Para Claudio, a frase
"quero dar ao meu filho o que eu não tive" pode minar a consciência
financeira das crianças. Isso porque a infância é o momento crucial na formação
das crenças financeiras e tudo aquilo que os pais creem afeta os filhos. Sendo
assim, não é aconselhável transmitir à criança o peso de receber algo que os
pais não tiveram.
Além disso, mesmo após a implementação da mesada, os pais devem se atentar para
não usar a quantia de forma equivocada. No caso, não se deve direcionar prêmios
ou punições à mesada como reflexo do desempenho escolar ou do comportamento. Ao
associar recompensas e castigos ao dinheiro, a criança pode entender que o
problema está relacionado ao dinheiro e não a ação que foi feita. É importante
que os pais corrijam a atitude do filho sem afetar a mesada.
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