A Obesidade é uma doença crônica caracterizada principalmente pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que tem aumentado em números alarmantes, sobretudo no período de pandemia. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico apontou que quase 20 % dos adultos brasileiros estão obesos.
Mostra também a pesquisa do IBGE denominada PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) realizada em conjunto com o Ministério da Saúde em 2019, que 96 milhões de pessoas, ou, mais especificamente, 60,3% da população adulta do Brasil, apresentam IMC (Índice de Massa Corporal) maior que 25 kg/m², sendo classificadas com excesso de peso. As maiores prevalências encontram-se entre o sexo feminino: 62,6% das mulheres estão com sobrepeso, e 57,5% para os homens. Já em âmbito global, segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que o excesso de peso e a obesidade afetam um terço da população mundial.
A especialista
em adequação nutricional e comportamental, Dra. Luanna Caramalac Munaro, explica que a pandemia tem sido
prejudicial à saúde das pessoas. “Conciliar a quarentena em família com o home
office desencadeou doenças emocionais que afetam o modo comportamental de como
as pessoas se alimentam. O importante é ficar mais
atento nessa condição de isolamento social, já que o menor índice de atividades
físicas e maior estresse faz com que as pessoas tenham mais propensão à
compulsão alimentar, caracterizada por comer de forma descontrolada, em curto
espaço de tempo, mesmo sem fome.iStock
Destaca
também a nutricionista que o consumo de alimentos ultraprocessados que possuem
muitos ingredientes adicionados como açúcar, sal, gordura, e cores ou
conservantes artificiais cresceu consideravelmente devido o maior prazo de
validade, além de serem mais fáceis de estocar. “O ideal nesta época é ter uma
alimentação saudável, cuidar do corpo e da mente para manter o peso mesmo
estando dentro de casa.
E
finaliza considerando que “é necessário tratar a saúde como um todo. A comida
está relacionada com as relações afetivas e todas as pessoas devem cuidar da
saúde nutricional e mental. O reflexo das tensões, ansiedade, e
estresse com o confinamento são características dos tempos atuais.
Buscar apoio de profissionais para avaliação nutricional que irão ajudar
encontrar o equilíbrio é essencial. Assim como aumentar o hábito de atividades
físicas para reduzir o comportamento sedentário”.
Dra.
Luanna Caramalac Munaro – CRN - 3 49383 – Nutricionista, atua na área da
saúde integrativa com o foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas não
transmissíveis, como: doenças autoimunes, depressão, infertilidade, câncer,
diabetes, HAS, compulsão alimentar e emagrecimento. Pós-graduada em
Nutrição Clínica Funcional- VP, em Adequação Nutricional e Manutenção da
Homeostase, Pós- graduanda em Nutrição Comportamental- IPGS, formação em
modulação intestinal.
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