Divisão de átomos, limpador de para-brisa, genética microbiana, cromossomos X e Y, bote salva-vidas. O que todas essas invenções têm em comum? Foram descobertas feitas por mulheres. É verdade que o empoderamento feminino é uma palavra moderna, mas é inegável que a ousadia, o estímulo e a habilidade feminina sempre estiveram ativamente entre os domínios ditos como masculinos.
Mas quando é que a mulher é empoderada?! Quando
está psicologicamente fortalecida! A mulher que não permite ser subjugada, que
tem a autoestima inabalável, tem tudo para conquistar seus sonhos sem temor às
diferenças de gêneros. Da forma que vejo, esses ensinamentos precisam vir do
berço, da escola, da sociedade e, também, da literatura como agente
transformador. Os livros sempre foram e serão essenciais para construção
gradual desta mudança social, que aos poucos quebra paradigmas preestabelecidos
em sociedades tradicionais.
De uma forma mais ampla, a literatura de ficção que
traz personagens femininas fortes, como é o caso do romance D'Angelo -
O Viajante de Conca, inspira um simbolismo à imaginação de
leitoras que passam a se espelhar na personagem, em seu modo de expressar suas
emoções na construção de uma mulher forte que busca a equidade de gênero, mesmo
em outras épocas como em 1949 – ano em que se passa a obra.
No outro lado do prisma, quando decidi escrever um
romance de época em um universo totalmente dominado pelas mulheres, sabia das
dificuldades, mas foi espelhando-me nessa quebra de padrões que tornei meu
objetivo uma realidade. É fato que ainda ouço pessoas impressionadas com isso,
mas os desafios nos movem para fora da zona de conforto e é lá que estão as
oportunidades.
Deixo aqui minha homenagem às mulheres e o anseio
para que todas tenham a certeza que são fortes, que acreditem em seus
potenciais. Desejo que todas possam se espelhar nas personagens fortes da minha
obra, que sejam uma Valentine confiante; uma Giovanna dona de si e decidida ou
uma Isabella em busca de seus sonhos e que todas possam conquistar sua própria
felicidade. E, é claro, uma homenagem singular às minhas leitoras que tornam o
meu trabalho especial e minha obra mágica.
Sérgio
Giacomelli - escritor, engenheiro eletricista, nascido em São
Miguel do Oeste/SC, passou a infância e a juventude entre a cidade e o campo.
Viveu muitos anos em Ribeirão Preto/SP e na capital paulista, hoje segue a vida
profissional em Belo Horizonte/MG. Apaixonado por pesquisas, é descendente de
italianos e coloca essas particularidades no romance de época D'Angelo -
O Viajante de Conca.
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