domingo, 28 de março de 2021

Médica explica porque covid está causando queda capilar excessiva e como cuidar

"Após a infecção pelo COVID 19, uma queixa muito comum é a perda de cabelos.

O quadro ocorre em aproximadamente 30% dos indivíduos com diagnóstico de infecção por coronavírus, podendo acometer homens e mulheres igualmente. Essa queda de cabelo aguda, chamada de Eflúvio Telógeno, também é observada em doenças como zika e chikungunya, outras viroses importantes que causam estresse fisiológico.


O eflúvio telógeno agudo ocorre devido a uma reação do organismo ao vírus, levando à alteração do ciclo capilar.


A fase anágena, ou estágio ativo, é a fase de crescimento dos fios no couro cabeludo, podendo durar de 2 a 4 anos, enquanto a fase telógena do ciclo capilar, é a fase de repouso, onde é normal a queda dos cabelos. O que ocorre nesses casos de infecção viral, é que mais fios entram na fase de repouso após a infecção viral, caindo em maior quantidade nos próximos 3 a 6 meses subsequentes ao quadro.


O eflúvio telógeno, nesses casos, é temporário e reversível e, mesmo realizando tratamentos nesse período, é preciso aguardar de 3 a 6 meses para que o ciclo capilar retorne para sua atividade normal.


A orientação é higiene do couro cabeludo de forma frequente, com uso de xampus para cada tipo de cabelos, visando reduzir acúmulo de resíduos e evitar a oleosidade do couro cabeludo.


Podemos utilizar formulações orais com o intuito de melhorar a estrutura dos novos fios que virão a nascer após o reestabelecimento do ciclo capilar, assim como a orientação de melhora do aporte nutricional dos pacientes através da melhora da alimentação, tudo isso sempre com o acompanhamento de um dermatologista de confiança."


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