Especialista
do Grupo NotreDame Intermédica alerta sobre a importância dos exames
preventivos e da vacina contra o HPV na prevenção da doença
Segundo dados do INCA,
divulgados na Estimativa de Câncer no Brasil em 2020, o câncer do colo do útero
continua sendo o terceiro tipo de câncer que mais atinge mulheres no Brasil.
Foram 16.710 novos casos no ano.
Hoje, o movimento
Março Lilás busca conscientizar sobre a importância dos exames preventivos no
diagnóstico precoce das lesões precursoras do câncer de colo uterino e
enfatizar, também, a importância da vacina do HPV (Papilomavírus humano) na sua
erradicação.
"A grande maioria
dos casos de câncer do colo do útero está associada a infecção pelo HPV. A
evolução para câncer é lenta, por isso que o rastreamento e a prevenção são tão
importantes, já que os exames permitem a detecção precoce de lesões que podem
evoluir para câncer se não tratadas adequadamente.", explica a Dra.
Daniela Franco Leanza, ginecologista e obstetra do Grupo NotreDame Intermédica.
Como a doença é
assintomática em seu estado inicial, é fundamental passar com o ginecologista
anualmente para avaliação e para fazer os exames de rastreamento, que devem ser
iniciados a partir dos 25 anos de idade e repetidos conforme orientação médica.
"O Papanicolau é um exame simples, de fácil acesso, e de extrema
importância na vida da mulher. Mediante alterações no Papanicolau, o médico vai
solicitar um exame mais específico para visualização e análise do colo do
útero, que se chama colposcopia, com a realização de biópsia da região alterada",
explica.
Quando a paciente
apresenta sintomas como sangramento entre as menstruações, dor ou desconforto
pélvico, sangramento ou dor após a relação sexual ou corrimento persistente, a
Dra. Daniela Leanza explica que o câncer já pode estar em estado avançado.
"O vírus do HPV
causa lesões no colo do útero, sendo que muitas se resolvem espontaneamente,
sem necessidade de intervenção médica. As lesões pré-neoplásicas são
preocupantes e precisam de tratamento, pois a evolução destas lesões leva ao
câncer de colo uterino. O Papanicolau permite o diagnóstico precoce dessas
alterações que podem ser tratadas com procedimentos de menor complexidade, com
a retirada de uma porção do colo do útero através da conização ou CAF (cirurgia
de alta frequência). O exame preventivo evita a doença grave e o tratamento
agressivo, preservando inclusive a capacidade reprodutiva da mulher",
acrescenta a doutora.
Em condições mais
graves, quando é diagnosticado o câncer, a ginecologista explica que é preciso
uma cirurgia mais radical e pode ser necessário realizar radioterapia e/ou
quimioterapia. O tratamento depende muito do estadiamento da doença (grau de
invasão), podendo ser necessário realizar uma traquelectomia, que é a retirada
total colo uterino, ou a histerectomia total, que é a retirada total do útero e
do colo do útero.
Sobre a possibilidade
de prevenção da doença com a vacina do HPV, a Dra. Daniela explica que a
imunização contra o vírus já faz parte do calendário vacinal do Ministério da
Saúde desde 2014, sendo aplicada em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a
14. A vacina do HPV previne as lesões genitais causadas pelo HPV do tipo 6, 11,
16 e 18. O HPV 16 e 18 está relacionado ao câncer de colo de útero, vagina e
vulva nas mulheres e ao câncer de pênis no homem. O HPV do tipo 6 e 11 está
relacionado às verrugas genitais em ambos os sexos.
Grupo NotreDame
Intermédica
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