segunda-feira, 1 de março de 2021

A infertilidade do casal pode estar relacionada à obesidade

A obesidade nos homens pode causar perda da quantidade e qualidade dos espermatozoides


04/03 – Dia Mundial da Obesidade

 

Por ser uma doença crônica, a obesidade pode causar diabetes, hipertensão e outras várias repercussões deletérias para o organismo, entre elas a infertilidade em homens e mulheres.

A médica endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato conta que muitos passam por essa situação e nunca relacionam a doença com a causa da baixa fertilidade. A perda de peso, além de melhorar todos os aspectos relacionados à saúde e bem-estar, pode ser o caminho que faltava para a desejada gestação.


Mas como a obesidade interfere na fertilidade?

Em mulheres, a obesidade diminui os níveis de hormônios femininos aumentando o nível dos hormônios masculinos. Esses vão levar a irregularidade menstrual, àquelas manifestações de excesso de hormônio masculino como acne, pelos no corpo - chamado de hirsutismo – e à anovulação.

“A ovulação é processo essencial para gravidez, para garantir a fertilidade. As mulheres com obesidade, frequentemente, têm períodos de anovulação, o que reduz a fertilidade”, explica Dra. Lorena.

A especialista conta que nos homens com excesso de peso acontece a queda dos níveis de testosterona, que vai influenciar na libido, podendo levar a disfunção erétil e, o que muitos não sabem, é que o excesso de peso leva a disfunção dos espermatozoides, tanto em quantidade como em qualidade.

Homens e mulheres conseguem reverter essa causa da infertilidade com a perda de peso. “Vejo pacientes tentando várias estratégias medicamentosas e tratamentos médicos para engravidar, mas nunca relacionam a infertilidade com o excesso de peso. Perder peso, além de melhorar a qualidade de vida como um todo, pode ser a solução do problema do casal”, comenta Dra. Lorena.

 


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário