Pega correta e frequência do aleitamento ajudam a evitar casos de mastite lactacional @jverdin20 via Twenty20 |
Doenças autoimunes e outras infecções também podem afetar as glândulas mamárias
A mastite é
uma inflamação das glândulas mamárias muito comum durante o aleitamento
materno, mas o que muita gente não sabe é que existem outras causas e que o
problema pode ocorrer inclusive em homens e crianças. “A mais comum é a
lactacional, mas temos tipos causados por bactérias, como a tuberculose e a
hanseníase, por fungos, vírus e parasitas, e por doenças sistêmicas, como Lupus
e Diabetes Mellitus”, indica a mastologista credenciada da Paraná Clínicas,
Dra. Pâmela Bioni (CRM-PR 30.512, RQE 25.982).
Os sintomas
são bem parecidos: dor, vermelhidão e calor nas mamas, com nódulos ou áreas
endurecidas, febre e, em casos mais graves, abertura de feridas com pus. O
diagnóstico depende da análise física e do histórico da paciente. “Pode ser
necessário realizar alguns exames complementares, como ecografia mamária,
cultura de secreção e até biópsia em casos selecionados, para entender a origem
e escolher a abordagem mais adequada para tratar e evitar novos episódios. O
tratamento pode variar, mas geralmente é feito com antibiótico,
anti-inflamatório e analgésico, para aliviar a dor”, completa a médica.
Prevenção
As mastites
lactacionais são comuns nos primeiros três meses de amamentação e têm relação
direta com a pega do mamilo pelo bebê e a quantidade de leite produzido pela
mãe. Quando o posicionamento não é feito de forma adequada, por exemplo, podem
ocorrer fissuras nos mamilos, criando assim uma porta extra para entrada de bactérias.
“Ficar
muito tempo sem amamentar é uma das principais causas de ingurgitamento. Além
disso, o esvaziamento incompleto da mama, o uso de bicos de silicone e de
sutiãs muito apertados também estão entre os erros mais comuns”, aponta a
enfermeira do Programa Priori, da Paraná Clínicas, Paula Cristina Zanardo
(Coren-PR 97.347). Especialista em amamentação, Paula atende muitos casos de
mastite. “E quando recebemos as mulheres na fase inicial, conseguimos evitar o
desenvolvimento de complicações e o desmame precoce”, conta.
Em
consultório, a enfermeira orienta a massagem da área afetada, com movimentos
circulares, para aliviar a dor e a pressão sobre as mamas. “É importante não
aplicar calor, porque o calor estimula ainda mais a produção de leite. O ideal
é fazer compressa fria”, indica. “Essas medidas são importantes porque ajudam a
evitar a infecção”, completa Dra. Pâmela. Segundo as especialistas, mesmo
quando a mãe apresenta febre e recebe o diagnóstico de mastite infecciosa, é
importante manter o aleitamento. “O leite não precisa ser descartado, pois não
está contaminado e não vai fazer mal ao bebê. A mulher pode e deve continuar
amamentando normalmente”, enfatiza a enfermeira.
Paraná
Clínicas
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