Testes em crianças adolescentes são necessários para garantir a dosagem correta, além da segurança e eficácia nos diferentes grupos
O programa de vacinação licenciadas emergencialmente no
Brasil para COVID-19 não incluirá crianças porque as vacinas, independentemente
do laboratório, são destinadas a pessoas a partir de 18 anos. Há estudos
acontecendo para crianças e adolescentes mas não há resultados ainda
consolidados que mostrem segurança e eficácia neste grupo.
"Uma das razões de não haver vacina para crianças é que
esse grupo em geral evoluiu de forma mais benigna com a COVID-19. Podem
acontecer casos graves, sim, mas como o número é muito menor de casos, a
prioridade foi o desenvolvimento de estudos para os públicos de maior
risco", afirma o membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de
Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Juarez Cunha.
Um esclarecimento importante é que tanto crianças quanto
adolescentes, abaixo de 18 anos, mesmo tendo comorbidades, não entrarão nos
grupos prioritários, uma vez que não houve estudos e dados suficientes que
assegurassem a eficácia da vacina.
"Por isso o uso de máscara, lavagem de mãos, evitar
aglomerações e manter o distanciamento são regras que precisarão ser seguidas
ainda por um tempo", finalizou Juarez.
De acordo com nota
divulgada recentemente pela Pfizer à agência de notícias CNBC a empresa deu
início aos cadastros e inscrições nos testes da vacina contra a COVID-19 em
crianças de 12 a 15 anos. O estudo é uma extensão daquele que deu suporte à
Autorização de Uso Emergencial da vacina em pessoas com 16 anos ou mais e que
já conta com 2.259 crianças entre 12 e 15 anos.
Marcelo Matusiak
Nenhum comentário:
Postar um comentário