Em 10 anos, procedimentos cresceram 140% entre os adolescentes no Brasil
Uma
fase cheia de incertezas, dúvidas e muitas mudanças, na adolescência diversas
alterações acontecem. Habituados a era de rede e cercados por filtros de
beleza, estima-se que esse ambiente ajudou a impulsionar procedimentos estéticos,
tanto que plataformas começaram a banir seu uso.
Contudo, Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional Cirurgia Plástica ressalta
que, em meio a esse cenário, a facilidade de pagamento mediado por assessorias
financeiras é outro fator que contribui para o aumento. "Hoje o paciente
pode contar com apoio financeiro para organizar e ajustar os custos de acordo
com cada condição", comenta Korn.
Um fator fora das redes é que, na vida real, o bullying ou desconforto por
conta própria relacionado ao tamanho do nariz e às orelhas acontecem
rotineiramente. As orelhas mais abertas levam o apelido nem sempre consentido
de "abano", por isso a ostoplastia também tem seu espaço nesse
aumento com quase 50 mil procedimentos apenas em 2015, segundo a Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), com os principais pacientes sendo
crianças e um dos pontos para o aumento sendo o bullying.
Porém, a mais procurada pelos adolescentes com mais de 70 mil procedimentos,
apenas em 2017, é a rinoplastia, que corrige um incômodo no nariz. O implante
de silicone dessa vez fica em segundo lugar com pacientes até os 18 anos. Como
há mudanças corporais nessa fase, o mais indicado é, ao decidir fazer uma
cirurgia, procurar um profissional adequado. "O custo não deve se sobrepor
à segurança da saúde do paciente. Em uma simples pesquisa, é possível verificar
o histórico do médico e a reputação da clínica onde se fará o
procedimento", reforça Korn.
Independentemente da razão ao optar por um procedimento estético, o
consentimento dos pais e o envolvimento da família é necessário. No caso das
cirurgias feitas mais por estética, é importante que o paciente tenha
maturidade emocional e expectativas realistas para passar pelo procedimento.
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