Como a pandemia nos convida a lidar com a própria imagem no espelho
A saga pela perfeição sempre existiu na sociedade, mas hoje é
maior pela superexposição nas redes sociais, e por isso a necessidade de ser ou
parecer perfeito (a) é grande. Possibilidades como edição de fotos, filtros e
outras ferramentas ajudam a estar mais próximo da ideia de beleza que milhares
de seguidores observam em posts de influenciadores digitais e figuras públicas,
acirrando o olhar dos fãs para as próprias imperfeições. Em um momento de
pandemis, o conflito entre realidade e expectativa pode ser negativo na
autoestima.
"Algumas pessoas aceitam com mais
facilidade suas imperfeições, e encaram procedimentos estéticos e cirúrgicos
como algo importante, mas não imprescindível. Já outras usam os procedimentos
como instrumento da busca pela felicidade. Esses têm maior dificuldade em lidar
com a própria imagem e aceitar que somos diferentes por essência, o que torna
cada um único ", aponta Pedro Granato, cirurgião plástico membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
"O isolamento social da quarentena nos
levou a encarar o que incomoda com maior naturalidade, nos fazendo aceitar
algumas rugas ou quilinhos a mais. É saudável querer estar sempre bem, cuidar
da pele e do corpo, mas existem limites e cabe ao médico apresentá-los", completa o especialista.
Pedro reforça que é importante o paciente
dedicar tempo para se informar sobre o procedimento que quer realizar, não só
para estar ciente do risco (que existe em toda e qualquer cirurgia), mas também
para ter certeza de que realmente quer a mudança que deseja. "Saber as
etapas do procedimento, entender o pré e o pós operatório são essenciais para o
paciente decidir seguir em frente e poder cumprir com sua parte para que tudo
corra da melhor forma possível. É uma via de mão dupla, depende tanto da equipe
cirúrgica quanto do paciente", esclarece Granato.
A cirurgia plástica tem influência direta na autoestima do
paciente. Quando bem indicada, possui grande impacto na qualidade de vida pois
ajuda a ter mais confiança nas atividades do dia a dia, fator pode fazer
diferença na vida pessoal e profissional também. "Estar bem com sua
imagem é reconfortante. Se olhar no espelho e gostar do que vê alimenta a
estima e a confiança, permitindo que a paciente viva sem ter vergonha da
própria aparência", finaliza Pedro.
Pedro Granato - Atualmente, vive entre Rio de Janeiro, São Paulo e
Minas Gerais, para atender pacientes e realizar as cirurgias. Membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o especialista atende também
pacientes da Suíça, Estados Unidos, Austrália, França, Irlanda e Angola. Dentre
as cirurgias mais solicitadas, estão mamoplastia, abdominoplastia e
rinoplastia. Fez residência de cirurgia geral no Hospital Universitário Gaffrée
e Guinle por dois anos, residência em Trauma no Hospital Getúlio Vargas por um
ano e especialização em Cirurgia Plástica durante três anos no Instituto Ivo
Pitanguy.
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