Bernardo Schucman,
CEO da FastBlock, analisa setor e aponta lentidão na rede do Bitcoin como fator
para uma mineração mais lucrativa
Nos últimos 30 dias, o mercado de mineração das
criptomoedas passou por um período turbulento graças a fatores como o fim do
período das chuvas, o alto preço no equipamento de mineração e alta do Bitcoin.
Segundo Bernardo Schucman, CEO da FastBlock,
uma das maiores empresas mundiais de administração e consultoria de blockchain,
os últimos 30 dias foram muito importantes para todo o mercado de
criptomoedas.
A energia elétrica, que estava mais barata nos
últimos seis meses por conta das moções, teve uma grande remarcação em o seu
preço. O fim dos períodos das chuvas causou um desligamento de cerca de 60 hexa
hash na rede de mineração dos Bitcoins, o que representa aproximadamente 25% da
rede existente.
“Essa queda de energia na rede causou um grande
descomissionamento dos S9 em operação. E com muito hashrate desligado, a rede
sofreu uma lentidão maior do que o normal, fator que elevou as taxas de
mineração do Bitcoin” revela Bernardo.
Outro fator importante foi o aumento no preço do
Bitcoin, que fez com que a mineração ficasse ainda mais lucrativa durante esse
período. Esse aumento ajudou na performance da mineração, que hoje está por
volta de 50% mais lucrativa que no mês de setembro de 2020. Já a performance de
mineração frente ao investimento das empresas, de acordo com dados do setor,
ficou entre 5% e 15%.
Isso tudo influenciou para um aumento no preço dos
equipamentos de mineração, chegando a ser precificados a $25 por terahash. Esse
aumento vai influenciar em uma nova precificação no hashrate, vendido para a
geração S17. “A corrida por equipamento de mineração cresceu muito e fez com
que existisse uma dificuldade muito grande na aquisição de equipamentos novos”
conclui Schucman.
Em 2020, o Bitcoin se tornou um dos ativos mais
desejados para investidores, saltando de R$ 39 mil em janeiro para R$ 104 mil
até o momento.
Fastblock
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