- Nem sempre é
possível fazer a reconstrução de mama imediatamente
- A
mamografia pode diminuir a mortalidade por câncer de mama em até 30%
Entre 2020 e 2022, estima-se que serão
diagnosticados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, segundos
dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso
representa um risco em torno de 61,61 casos a
cada 100 mil mulheres.
Dependendo
do estadiamento da doença (determinado pelo tamanho
da lesão, localização, comprometimento de linfonodos e presença de metástase), a
mastectomia (retirada da mama) pode ser indicada e é nesse momento que a
reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e
confiança feminina, contribuindo muito até mesmo para o fortalecimento da
batalha contra a doença.
O médico cirurgião plástico, Dr. Fernando Amato,
especialista em reconstrução mamária, explica que antes de tudo é preciso
analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem
sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de
imediato, principalmente nos em casos em que se retira muita pele ou mesmo
precedem um tratamento complementar com radioterapia.
“Se
durante a mastectomia for necessária a retirada de uma quantidade maior de
pele, é preciso que a paciente use um expansor mamário, espécie de uma bexiga de
silicone que é colocada durante a cirurgia de
mastectomia debaixo do músculo peitoral para que, depois de cicatrizada a cirurgia, seja realizado o
enchimento com soro fisiológico, durante os retornos ambulatoriais, até se
atingir o volume desejado. Esse processo permite que a pele ganhe uma
elasticidade para – então - ser possível realizar uma cirurgia para trocar o
expansor por uma prótese de silicone”, explica Dr. Amato.
Resultado
da Mastectomia – Diferente de uma
cirurgia estética, a mama reconstruída tem características distintas. “Os
mamilos, por exemplo, muitas vezes, precisam ser refeitos. A mama reconstruída
não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e
mais endurecida”, detalha o especialista.
O Dr.
Amato sempre orienta as pacientes a irem acompanhadas à consulta para conversar
sobre a reconstrução mamária. Outra indicação passada pelo cirurgião plástico é
a busca pelo auxílio psicológico para compreender o momento. “A notícia e o
tratamento da doença, muitas vezes, deixam a pessoa com certos bloqueios de
compreensão das técnicas que podem ser utilizadas na cirurgia”, explica Dr.
Amato.
É
um direito da mulher ter sua mama reconstruída pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) e pelos planos de saúde no Brasil, assim como a cirurgia plástica da mama
oposta para simetrização e harmonização, porém, o Dr. Amato enfatiza que a
reconstrução, imediata ou tardia, deve ser individualizada, respeitando tanto o
desejo da paciente, como as condições clínicas e tratamento que será submetida.
A
mastologista e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia Dra. Priscila
Beatriz Oliveros dos Santos, que faz parte da equipe do Dr. Fernando Amato,
orienta a paciente a conhecer todas as opções de reconstrução que podem ser
realizadas e a confiar na equipe que está cuidando da saúde da paciente. “E é
sempre bom ressaltar que a mamografia é essencial para o diagnóstico precoce.
Por isso, não deixe de realizá-la, já que este exame
pode diminuir a mortalidade em até 30%, quando feito periodicamente”, alerta
Dra. Priscila.
Dr. Fernando C. M. Amato
– Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia
Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de
Cirurgiões Plásticos (ASPS).
Dra.
Priscila Beatriz Oliveros dos Santos -
Graduação, Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Escola Paulista de
Medicina (UNIFESP)
Instagram: https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/
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