Lucas Ribeiro, da ROIT, participou de debates da PUC-PR e do Conselho Regional do Ceará sobre o futuro da área em um cenário de automatização intensa
Especialistas do setor de contabilidade têm levantado alguns
questionamentos sobre a profissão de contador, tendo em conta um contexto de
expansão da inteligência artificial e da robotização sobre muitas tarefas.
Alguns dos últimos debates foram realizados em ocasião das comemorações do Dia
do Contador (22/09), reunindo empresários e acadêmicos. Entre as dúvidas
estavam: O que o futuro reserva para a área? É uma profissão em risco? Na
avaliação dos especialistas, a resposta é não.
Para o consultor Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT – accountech com unidades
em Curitiba, São Paulo e Brasília e portfólio de clientes de abrangência
nacional, a automatização dos processos faz a atuação da Contabilidade se
tornar ainda mais estratégica. Aos profissionais, abrem-se perspectivas de
atuação que se configuram como novos nichos de mercado – tanto para o
profissional liberal, como para escritórios.
Lucas
Ribeiro participou de dois debates on-line que tiveram como tema central
justamente as perspectivas para a Contabilidade com a informatização deixando
de ser tendência para se configurar realidade. Um dos encontros foi com
professores e estudantes do curso de Ciências Contábeis da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). O outro, com o Conselho Regional de
Contabilidade do Ceará.
“Se
pensarmos no profissional como um ‘lançador’ [de notas], este está com os dias
contados”, disse Lucas Ribeiro no debate com o Conselho do Ceará. No entanto,
acrescentou: “mas o mercado tem carência, por exemplo, de profissionais que
entendam dos aspectos contábeis e da lógica de programação, sem precisar ser
desenvolvedor, mas com conhecimentos básicos”, afirmou, citando a demanda pela
convergência entre Contabilidade e Tecnologia da Informação.
NOVO
PERFIL
Ainda
no mesmo debate, o sócio-diretor da ROIT projeta um novo perfil de atuação do
profissional de Contabilidade – isso é possível pela automatização de processos.
“Há mercado tanto para profissionais como para escritórios que se dediquem, com
profundidade e atuem com planejamento tributário, econômico, sucessório das
empresas. Ou mesmo exercendo consultoria – de custos, de gestão financeira”,
ilustrou.
Lucas
Ribeiro apontou, ainda, outro caminho recorrente: escritórios de contabilidade
assumindo a gestão fiscal e contábil das empresas, e até mesmo a execução de
contas a pagar e a receber. No encontro do curso da PUC-PR, o consultor afirmou
que a automatização dos processos deu condições ao profissional de
Contabilidade exercer a essência dessa área de conhecimento. “A Contabilidade é
uma ciência, tão necessária para engajar as empresas para o sucesso”,
assinalou.
Com
os estudantes da PUC-PR, Lucas Ribeiro compartilhou um pouco da experiência da
ROIT na utilização de inteligência artificial e robotização, pontuando que são
dois elementos distintos. “A robotização não cria processos; é a automatização
de processos. A inteligência artificial assume capacidade de análise e
decisão”.
A
ROIT conta com uma equipe de 50 pessoas dedicadas apenas ao desenvolvimento de
soluções em tecnologia, divididas nas duas frentes – inteligência artificial e
robotização, conforme informou o consultor. “Nos últimos 12 meses, na ROIT, já
fizemos 8 milhões de classificações de procedimentos, com 98% de acerto, só 2%
de erro – o que certamente é muito pouco, se comparado ao quanto nós, humanos,
estamos sujeitos a errar”, comparou.
“A
inteligência artificial e a robotização fazem surgir o temor do desemprego, e
uma pergunta comum [ao profissional e ao estudante de Contabilidade] é: ‘será
que paro?’. Não! O profissional vai ganhar o brilho de ser parceiro de gestores
na tomada de decisões estratégicas. Para isso existimos”, sublinhou Lucas
Ribeiro.
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