A vida dos adolescentes deixou de ser um parque de diversões sem compromisso. Ela tem se transformado em uma selva, com decisões difíceis a serem tomadas, pressão dos colegas, insegurança pessoal e ansiedade em relação ao que os outros pensam. Considerando ainda sentimentos de depressão, inferioridade, comparações e outras atitudes autodestrutivas como: pornografia, vandalismo, drogas e gangues. Ou seja, é importante que pais e responsáveis repensem suas ações.
De fato, não é uma tarefa das mais
fáceis. Mesmo enquanto pais amorosos e preocupados, cobrar ações positivas e
compromisso não são atitudes que os seres humanos estão à vontade para desenvolver
nem mesmo com sua prole. Portanto, educar, nesse sentido, torna-se uma tarefa
penosa e cansativa. Os discursos se repetem, irritantemente e se tornam
cansativos para pais e filhos. Também não há receita de sucesso. Todos nós
estamos à mercê de experiências vividas e influências do meio. Assim, cumprir a
missão de orientador é um processo diário.
A dica é passar para os rebentos,
agora quase adultos, a maior quantidade de informações possíveis e
acompanhá-los de perto, bem perto. Coloquem-se como pais e mães que dialogam e,
principalmente, que ouvem os filhos. Para começar, deixe claro que eles são
responsáveis por suas próprias vidas, que devem definir junto com os pais uma
missão e meta a ser seguida com planejamento e foco. Nesse contexto entram:
conhecimento de profissões, escolhas acadêmicas, relacionamentos com
familiares, namoradas (os) e amigos; ou seja, priorizar o que é importante
nessa fase.
Incentive-os a ouvir atentamente
principalmente os adultos, que colaboram com o seu desenvolvimento. Mostre,
também, que é muito importante manter o respeito pelos profissionais educadores
e que, muitas vezes, ouvir e compreender vem antes do ser compreendido. Essas
são atitudes com as quais todos ganham e há outras, que se bem colocadas, farão
com que os adolescentes se sintam inseridos na sociedade, como compartilhar,
dividir, trabalhar em conjunto, harmonizar-se.
Oferecer ferramentas para que os
adolescentes saibam lidar com os problemas de modo eficaz é uma forma de ajudar
esses jovens a melhorar o desempenho geral do ser humano que está em
construção. Educadores, orientadores e responsáveis atentos colaboram ao
oferecer essas ferramentas e ajudam a reduzir conflitos, a melhorar a
cooperação e o trabalho em equipe entre familiares, adolescentes e
professores.
Desenvolvendo hábitos saudáveis, os
adolescentes tendem a se conectar e nutrir mudanças comportamentais de dentro
para fora. Assim, conquistam mais o controle de suas vidas, melhoram seu
relacionamento com a família e com os amigos, aumentam sua autoconfiança e
autoestima, além de se sentirem melhor preparados para tomar decisões mais
inteligentes, alicerçadas em valores importantes. Esses são fatores essenciais
nessa fase para equilibrar escola, trabalho, amigos e tudo mais. Assim, aos
poucos, vão aumentando a autoconfiança, sentem-se mais felizes e seus objetivos
se tornam realidade, proporcionando uma paz interior que se conquista no passo
a passo.
Sueli
Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga,
diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de
atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e
Indaiatuba.
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