A avaliação
criteriosa, no entanto, é fundamental
A osteoporose é uma doença metabólica caracterizada
pela redução da massa óssea, o que ocasiona fragilidade dos ossos, tornando-os
suscetíveis à fraturas. A falta de cálcio, de hormônio e de exercício
físico são algumas das causas da maior incidência da doença em idosos.
Como ela altera a estrutura óssea, a osteoporose é
dificilmente revertida. A boa notícia, no entanto, é que o mal raramente
acomete a maxila e a mandíbula que suportam o sistema bucal. Isso
significa que, embora seja uma doença óssea, ela não representa um
problema para a colocação de implantes dentários em pacientes da terceira
idade, desde que seja feita uma avaliação mais criteriosa.
“Saber em qual nível a doença se encontra e sua
evolução são fundamentais. Outro detalhe que também deve ser avaliado diz
respeito às medicações indicadas para o tratamento, pois algumas podem ser
contraindicadas para a cirurgia de implante, como por exemplo o Bifosfonato,
que pode levar a uma alteração do metabolismo ósseo”,
explica Denise Tibério, presidente da Câmara Técnica de
Odontogeriatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
Ainda segundo Denise, o idoso que possui
osteoporose sinaliza que seu tecido ósseo é mais frágil, o que deve ser um
ponto de atenção caso a doença periodontal venha a se instalar. “Se a
periimplantite (processo inflamatório que atinge os tecidos moles e o osso ao
redor do implante dentário) acometer o paciente, ela irá encontrar uma menor
resistência óssea, o que fará com que a doença evolua muito mais rápido,
levando à perda do implante”, observa.
Já Cláudia Pires Miguel, presidente da Câmara
Técnica de Implantodontia do CROSP, acrescenta que um dos maiores
inimigos dos implantes também pode ser o tempo. “Às vezes, o paciente espera
tanto para colocar o implante que ele acaba perdendo o volume e altura óssea para
a sua instalação, tendo que ser submetido a procedimentos mais invasivos, como
os enxertos, por exemplo. Nesse caso, ele acaba deixando de fazer o implante
pelo tempo que esperou e não pela osteoporose”, observa.
Os implantes dentários melhoram a capacidade mastigatória,
o que consequentemente favorece a absorção de nutrientes, muito importante para
que o idoso evite outras doenças comuns nessa fase da vida. Além disso, o
procedimento também beneficia o convívio social, pois facilita a fonética, e
também aumenta a autoestima das pessoas idosas.
“Com os implantes, o cirurgião-dentista pode
devolver a função e a estética para o idoso, melhorando sua mastigação,
digestão e, consequentemente, sua condição geral de saúde”, reforça Cláudia.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo -
CROSP
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