segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Agropecuária não é o suficiente para fazer o Brasil se desenvolver, aponta pesquisa

 Investimentos em inovação e valorização da ciência e tecnologia podem tirar o Brasil da dependência de mercados internacionais


Um país pautado pela agropecuária não deve se tornar rico e desenvolvido. Essa é a principal conclusão do novo estudo da Análise Econômica Consultoria (www.analiseeconomica.com.br), considerando a falta de precedente de nações que se desenvolveram produzindo commodities.

Apesar dos esforços brasileiros em pesquisa e desenvolvimento, tanto pública quanto privada, além do aumento da tecnologia no campo, as atividades ligadas às commodities não são suficientemente complexas para fazer o Brasil da posição de dependência. Segundo o estudo, é preciso direcionar esforços para novas atividades, novos segmentos, novos setores - especialmente para atividades altamente tecnológicas. Assim, teremos menos atividades que sofrem com influências externas e uma economia mais resiliente, com ocupações de maior remuneração e, por conseguinte, uma nação mais rica e desenvolvida.

"Os impactos das inovações na economia são muito claros: aumentam a inserção no mercado internacional, elevam o nível de renda no país ao criar postos de trabalho ultra especializados, além de taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mais altas e estáveis. Quando um país não investe adequadamente em inovações, o resultado é a maior dependência de tecnologias vindas do exterior, escoando nossa riqueza para outras nações", explica André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica Consultoria.

Para Galhardo, um dos caminhos do país é olhar para o desenvolvimento de ciência. “Hoje, o Brasil investe cerca de 2,3% do PIB em Ciência e Tecnologia, o que é levemente abaixo do patamar de países como os que participam da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas a maior diferença reside no montante investido em pesquisa e desenvolvimento pela iniciativa privada. Enquanto a média da OCDE é de 1,3% do PIB, na Coreia é de 2,6% e na China é de 1,2%, no Brasil esse percentual não supera os 0,6%”, conclui.

 


Análise Econômica Consultoria

www.analiseeconomica.com.br

 

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