quarta-feira, 1 de julho de 2020

Parceria estratégica entre CEO e CIO faz a inovação prosperar em um mercado



Resumo: 

Os CEOs precisam, mais do que nunca, do auxílio de seus CIOs para navegar na turbulência do mercado global de hoje. Sair da posição de “fiscais” de operações de data center para se tornarem parceiros estratégicos do CEO possibilita que os líderes de tecnologia desenvolvam um roadmap de inovação orientado aos negócios, permitindo que a empresa se adapte rapidamente quando as condições do mercado sofrem mudanças.

Os CIOs precisam ser criativos para encontrar recursos que operacionalizem sua estratégia e seu roadmap, considerando orçamentos limitados de TI. Resultados significativos podem ser alcançados quando se tem um roadmap orientado aos negócios: muitas empresas já estão conseguindo liberar 40% ou mais de seu orçamento de TI para inovação transformacional que é capaz de criar resiliência e possibilitar crescimento, mais importante hoje do que nunca.


Uma parceria estratégica entre CEO e CIO torna-se extremamente necessária para permitir ações rápidas em meio à instabilidade

As empresas estão experimentando uma dinâmica corporativa sem precedentes, na qual disrupções globais e aumento da competitividade estão gerando necessidade de mudanças rápidas nas prioridades do investimento em tecnologia. Isso significa sair do lugar-comum para a maioria das empresas, que operam constantemente em modo reativo. Não há mais status quo no mundo dos negócios: as empresas precisam crescer ou provavelmente irão morrer como organização. 

Para muitos CIOs, operar o data center é a menor das suas prioridades. Seus roadmaps de investimento foram desviados por eventos globais inesperados e os projetos não essenciais estão sendo suspensos. Para sobreviver e prosperar, as empresas devem ter uma orientação digital. Quase da noite para o dia, os CIOs mudaram o foco para investir em soluções que atendam aos clientes principalmente em plataformas digitais. Para muitas empresas, sua infraestrutura digital deve ser capaz de operar com trabalho 100% remoto. Aqueles que já estão em uma plataforma digital irão se ajustar de forma muito mais ágil do que aqueles que não investiram ou que investiram pouco em infraestrutura digital.

O que os CEOs realmente precisam de seus CIOs é uma diretriz estratégica adaptável que os ajude a se adaptarem rapidamente quando ocorrem momentos de incerteza ou ruptura. Os CEOs também precisam de seus CIOs para tomarem decisões racionais de investimento em TI que otimizem custos, poupem empregos, estabilizem operações e movimentem recursos de TI para iniciativas estratégicas. Para fazer isso, os CIOs precisam estar à mesa com o CFO, CEO e CPO para definirem a estratégia corporativa mais ampla que direcione o roadmap de TI.


Os CIOs precisam inovar com orçamentos limitados

Atualmente, quase todas as empresas do mundo têm algum problema financeiro. Ou os fluxos de receita foram interrompidos no front-end ou o fluxo de caixa está mais apertado no back-end. Isso aconteceu em 2000, com a bolha da Internet, e novamente com a crise das hipotecas, em 2008. No entanto, esses cenários não foram iguais ao choque que ocorreu esse ano em um período tão curto. Todos os negócios e segmentos de mercado estão sendo impactados pela atual situação global. Os governos estão gastando mais para manter as economias de seus países do que esperam recuperar um dia. Quando há interrupção de receita, tudo muda. Infelizmente, leva mais tempo para uma empresa cortar custos do que para a receita cair.

A primeira ordem de negócios, então, é a sobrevivência. Para sobreviver, as empresas precisam de fluxo de caixa e liquidez. Muitas estão pagando aos poucos ou tentando renegociar com todos os fornecedores que possuem. O ponto é: 'preciso ter' versus 'gostaria de ter' ou 'seria bom ter' na avaliação de projetos e serviços. As empresas estão competindo por uma quantia menor de dinheiro e a priorização é importante para os CIOs, que precisam inovar enquanto mantêm seus sistemas atuais em operação. Muitos projetos de TI estão sendo cancelados. Por exemplo, as atualizações de ERP que não agregam valor real em termos de vantagem competitiva ou crescimento estão sendo adiadas por um ano ou mais - até que as empresas recuperem seu fluxo de caixa.

O CIO pode ser a pessoa mais influente quando se trata de decisões de compras em TI nesse momento. Para sobreviver e, finalmente, prosperar, os CIOs precisam analisar sua lista de gastos e fazer imediatamente alterações que alinhem a receita aos custos. No mercado atual, isso significa transferir orçamentos para investimentos em tecnologias e serviços digitais que apoiem a estratégia de inovação da empresa, mesmo em meio a tantas incertezas. Quando 90% do orçamento do CIO é gasto para manter a operação e melhorias dos sistemas de back-end, sobra apenas 10% do orçamento para investimentos na estratégia de inovação da empresa.

O objetivo deve ser alterar o mínimo possível os sistemas de back-end, pois seu nível de maturidade os torna de baixo risco de ruptura, de modo que os serviços de suporte necessários são principalmente atualizações tributárias, legais e regulatórias, além de funções consultivas e aconselhamento, que podem ser obtidas de fornecedores independentes por uma fração do custo pago aos fabricantes de software.

Em resumo, os CIOs precisam otimizar os custos operacionais de sistemas de back-end como o ERP e realocar esses fundos para uma estratégia de investimento em inovação de TI, que apoie as prioridades digitais do CEO. Os investimentos em sistemas de front-end para engajamento (onde ocorrem interações importantes com os clientes) provavelmente endereçarão as estratégias de negócios do CEO. Esses sistemas dinâmicos voltados ao cliente são onde mudanças constantes são necessárias para manter a competitividade do negócio e onde a digitalização ajudará a atrair e reter clientes - chaves para sobreviver e prosperar.





Seth Ravin - CEO da Rimini Street


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