quinta-feira, 2 de julho de 2020


Como o skincare virou uma “febre do bem” na quarentena? Especialista explica e dá dicas

Procedimentos estéticos podem potencializar os efeitos dos cuidados feitos em casa, principalmente no inverno, mas é bom consultar um dermatologista antes; cuidado desde cedo previne marcas de envelhecimento


Para muitos, não têm sido fácil lidar com o distanciamento social. Mas que tal aproveitar o tempo extra em casa para aprimorar — ou então começar — sua rotina de beleza e autocuidado? Além da estética, ter dedicação consigo mesma contribui para a melhora da autoestima e da saúde mental na quarentena, uma vez que libera hormônios como a endorfina, responsável pela sensação de bem-estar.

Entre os “queridinhos” do momento está o skincare. Feito por artistas e influenciadoras, o procedimento é conhecido como a rotina de cuidados com a pele. “O ideal é que esse passo a passo de produtos e procedimentos feitos no dia a dia seja orientado por um especialista”, afirma Fernanda Rosas, dermatologista do IPO Dermatologia, sede especializada em dermatologia que faz parte do Grupo IPO, em Curitiba (PR). “Ainda assim, para quem deseja se arriscar, não existem grandes perigos em seguir as recomendações da internet”.

“Em geral, são usados dermocosméticos, que tem uma chance pequena de causar grandes irritações. O maior problema é o produto não ser adequado para a pele da pessoa. Então se ela tem uma pele oleosa, pode piorar e o mesmo acontece com peles mais secas. O que é bom para uma pessoa pode não ser boa para outra”. afirma

Por isso, antes de iniciar uma rotina, é importante estar atento ao seu tipo de pele e a necessidade de tratamento. Para começar, limpeza, hidratação e proteção solar devem estar presente para todas as mulheres. Com isso feito, outros tratamentos específicos podem ser adicionados.

“Pela manhã deve ser feita a limpeza, seguida da hidratação — que pode ser substituída ou associada a antioxidantes — e protetor solar. À noite, após a limpeza e hidratação podem ser utilizados produtos para um tratamento mais específico, como para amenizar manchas ou rugas. Lembrando que estes produtos em especial, só devem ser usados com a recomendação médica, já que tem uma ação mais potente,” explica Fernanda.

Em relação a esfoliação, a especialista afirma que pode ser feita uma vez na semana, mas ainda assim, não é obrigatória. O mesmo acontece com as máscaras, que não devem ser utilizadas diariamente. “O mais importante é observar a finalidade de cada tratamento e escolher o que possui produtos que mais se adequem individualmente”.

Protetor solar é importante também na quarentena
Mesmo para quem está em casa, o protetor solar não é dispensável. Além da radiação solar, a radiação da luz artificial, proveniente dos computadores e celulares, também contribuem para o surgimento das manchas.

“O cuidado diário ameniza o processo de envelhecimento. O protetor solar, por sua vez, além de evitar as manchas, evita também a degradação do colágeno, fazendo com que a pessoa envelheça melhor, com menos rugas”, explica a especialista.

Procedimentos estéticos potencializam resultado dos cuidados em casa
A chegada do inverno associada ao isolamento social pode ser uma oportunidade de aprimorar os tratamentos para a pele. Para quem sofre ou tem tendência a manchas, como O melasma, por exemplo, a menor exposição ao sol contribui naturalmente para aliviar as marcas, além de ser a época ideal para iniciar os cuidados com um especialista.

“Conforme a indicação, procedimentos como microagulhamento, peeling e laser auxiliam muito para a melhora. Podem ser usados para suavizar manchas, linhas de expressão, como rugas e flacidez de pele, variando conforme a necessidade. É uma época melhor porque estando mais em casa tem menos exposição”, explica Rosas.

Além disso, o acompanhamento profissional também é fundamental para auxiliar e estimular os cuidados diários. “A partir do momento em que a pessoa tem uma orientação profissional, consegue mais facilmente entrar na rotina de cuidados. Percebemos pessoas que são disciplinadas, mas que se ficam muito tempo sem acompanhamento, fazem o tratamento por algum tempo e acabam abandonando”, conclui.

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