Pesquisa
mostra que até 2050, o quadro de pessoas com demência deve triplicar.
Atividades que desenvolvem habilidades cognitivas são alternativas para
postergar o aparecimento dos sintomas e são indicadas para todas as idades
De acordo com pesquisa
realizada pela Organização Mundial da Saúde em 2019, o número de pessoas com
quadros de demência no Brasil deve triplicar até 2050. O dado é preocupante;
porém, a boa notícia é que existem exercícios para turbinar a memória e postergar
o aparecimento de doenças neurodegenerativas.
Além da demência, entre as causas mais
comuns para a perda de memória, estão o estresse e o excesso de atividades.
Porém, na maioria dos casos, os problemas de esquecimentos são causados pelo
envelhecimento natural do ser humano.
“É comum apresentar falhas de memória
com o passar dos anos. O cérebro pode começar a ter perdas cognitivas aos 30
anos de idade. À medida que ele envelhece – assim como todos os outros órgãos
do corpo-, os circuitos ficam menos estáveis e o hipocampo (região do cérebro
responsável pelas memórias) fica menos eficiente”, explica Solange Jacob,
Diretora Acadêmica do Método Supera, maior rede de escolas de ginástica para o
cérebro da América Latina.
Uma alternativa divertida e efetiva para
turbinar o funcionamento do cérebro e a memória é a prática de exercícios que
desenvolvam nossa capacidade cognitiva.
Segundo Solange, para que a prática
gere resultados, precisa ser baseada em três pilares: novidade, variedade e
desafio crescente.
“A prática de
exercícios cognitivos cria novas conexões entre os neurônios e fortalece as
sinapses, garantindo o bom funcionamento das funções executivas do cérebro e o
desenvolvimento das habilidades cognitivas. Quanto mais o nosso cérebro é
estimulado, maior é a nossa reserva cognitiva – ou seja, capacidade de
resistência às alterações cerebrais”, conta a especialista.
Isso tudo pode ser encontrado na
prática da ginástica para o cérebro, atividade que estimula o fortalecimento
das conexões neuronais. Com os exercícios que turbinam a mente, é possível
melhorar – além da memória –, a concentração, raciocínio lógico e criatividade.
Maria Santana de Souza, 71 anos, é
aluna do SUPERA Londrina (PR) e constatou mudanças após a prática de ginástica
cerebral: “Soube do SUPERA aos 69 anos e fiquei muito interessada,
principalmente porque tenho histórico de Alzheimer na família. Desde o início
do curso, percebi melhorias na minha capacidade de concentração, na autoestima
e até mesmo na vida social, pois conheço novas pessoas e faço amigos. Percebo
uma melhora na minha memória, nas minhas atividades do dia a dia, como lembrar
onde guardei as coisas, horários de consultas médicas, entre outras tarefas”,
relata.
Com uma rede de mais de 450 unidades
espalhadas pelo Brasil, no SUPERA, alunos de todas as idades treinam o cérebro
a partir de ferramentas como o ábaco (instrumento milenar para cálculos), jogos
de tabuleiro, jogos virtuais, dinâmicas em grupo, apostilas com exercícios
cognitivos e as neuróbicas - aeróbica para os neurônios. Nesse momento de
isolamento social, o SUPERA tem oferecido aulas on-line de ginástica cerebral a
seus alunos; além de oferecer uma plataforma de jogos cognitivos, o SUPERA
Online.
Dicas para exercitar a memória no
dia-a-dia
As neuróbicas, uma das ferramentas do
curso de ginástica para o cérebro, podem ser praticadas em casa e ajudam a
tirar o cérebro da zona de conforto e mantê-lo sempre ativo, contribuindo para
a boa memória.
Trocar de mão para
escovar os dentes ou para escrever, por exemplo, é bom para o cérebro. O
simples gesto de trocar de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e
obrigando à estimulação do cérebro, é uma nova técnica para melhorar a
concentração e treinar a atenção.
Conheça mais
neuróbicas para fazer no dia a dia:
- Todo dia procure observar um objeto ou pessoa e desenhe ou
escreva suas principais características. No fim de semana, procure
recordar as figuras, sem suas anotações
- Folheie uma revista e procure uma fotografia que
lhe chame a atenção. Agora escreva 25 adjetivos que ache que a descrevem
e/ou ao tema fotografado.
- Procure identificar ingredientes dos alimentos pelo gosto e pelo
cheiro. Faça isto diariamente e depois procure recordar dos mesmos.
- Memorize os preços das coisas sempre que possível e procure
recordá-las mais tarde.
- Procure identificar as pessoas pela voz ao usar o telefone, por
exemplo. Memorize no fim do dia as pessoas com quem falou.
- Memorize números de telefones.
- Experimente memorizar as tarefas do dia ao invés de
usar uma agenda, por exemplo.
- Ao ler uma palavra, pense em outras cinco que
comecem com a mesma letra.
O SUPERA ainda lista cinco dicas para
melhorar a memória e a qualidade de vida:
- Tenha boas noites de sono: o sono é definido por cientistas como o estado
em que nosso corpo otimiza e consolida novas informações adquiridas ao
longo do dia e as armazenam como memória.
- Alimentos para o cérebro: está provado que uma dieta rica em Ômega-3, vitamina
B e antioxidantes é importante para a saúde do cérebro e para ter uma boa
memória.
- Fuja do estresse: desestressar e meditar são formas reconhecidas de
preservar as lembranças. A prática diária da meditação, por exemplo, ativa
as partes do córtex cerebral responsáveis pela tomada de decisão, atenção
e memória.
- Pratique exercícios físicos: estudos mostram que o exercício físico melhora e
protege a função cerebral, sugerindo que pessoas fisicamente ativas
apresentam menor risco de serem acometidas por doenças neurodegenerativas.
- Faça ginástica para o cérebro: de acordo com a OMS, a estimulação cognitiva é uma
das recomendações para postergar o aparecimento de sintomas de doenças
neurodegenerativas. Quando você pratica ginástica para o cérebro, cria
novas conexões entre os neurônios no cérebro e aumenta a reserva
cognitiva.
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