Atualmente estamos cansados de ler artigos que falam do mesmo tema, o mundo entrou em um novo curso e se reinventar é preciso. Contudo, é importante ter um ponto de partida para mudar a chave.
Com base em algumas dores reportadas por líderes dos mais variados locais de trabalho e com diferentes formatos de times, seguem algumas dicas de como a agilidade pode começar uma mudança AGORA! Sim, agora, mesmo em meio ao caos.
1- O time não se mostra colaborativo no formato online
A primeira pergunta a fazer é: O time não se mostra colaborativo ou nunca foi e o formato home office só evidenciou?
Independentemente da resposta, existem algumas dinâmicas, que podem ajudar a atrair a atenção do time durante as reuniões. Uma delas é pedir para que cada membro fale duas verdades e uma mentira sobre si e o grupo deve adivinhar qual é a mentira. A dinâmica garante boas risadas e aproxima as pessoas. A partir daí a reunião fica mais leve e o engajamento do time aumenta, pois ficam mais descontraídos.
2 - Mesmo colocando regras, muitas pessoas têm se apresentado de qualquer forma nas reuniões, alguns usam pijama ou aparecem sem camisa com cabelos bagunçados
Será que uma conversa individual não resolveria? Uma boa opção é conversar no formato one-a-one, dando esse feedback para a pessoa sem a expor.
O bate-papo deve ser suave e destacar que, embora estejamos trabalhando em casa, é trabalho e precisamos nos apresentar de acordo. Representamos a imagem de uma empresa, então imagine a mensagem que passamos para um cliente aparecendo de qualquer jeito numa reunião? Soa como descaso. Precisamos ficar atentos a isso.
3 - Apenas uma parte do time participa das reuniões e está entregando o trabalho
Em times ágeis, existem diversas técnicas que podem ser aplicadas para aumentar engajamento e entrosamento entre os membros.
Às vezes as pessoas trabalham juntas e não se conhecem muito bem fora do ambiente de trabalho. Uma boa técnica é o Personal Map, ferramenta do Management 3.0 que mostra as pessoas além do trabalho. Ela cria um mapa mental em que a pessoa compartilha com o grupo informações como o local onde mora, sua formação, empresas em que trabalhou, sua família, seus hobbies, seus amigos, valores e metas.
4 - Gestores que cobram ferramentas de controle para saber se de fato o time está trabalhando ou que fazem diversas reuniões no dia para garantir que a pessoa está ali
Será que esse mindset é produtivo? O que faz mais sentido: quantidade de entregas ou entregas de valor?
Em times ágeis, não se olha a quantidade de itens que uma pessoa entrega, mas sim, "quanto" de valor ela está gerando para o time. Entende-se por valores os itens que realmente fazem sentido e são capazes de deixar o produto a ser entregue cada vez melhor, tendo como consequência o cliente mais feliz.
5 - A insegurança do mercado fez meu time parar
Para isso, é preciso inovar em atividades do dia a dia. Pausas durante a tarde para tomar um cafézinho juntos, cada um em sua casa, com a câmera ligada e assim, discutir temas diversos, como acontecia nas cozinhas e lounges das empresas.
O mesmo, serve para o almoço. Além de aproximar as pessoas, pode ajudar a preencher o vazio que algumas podem sentir morando ou estando sozinhas em suas casas. Isso ajuda a deixar os membros do time mais confiantes com o trabalho.
Outra possibilidade é a troca de atividades entre pares. Isso quebra a rotina das tarefas e traz estímulo com novos desafios. Por exemplo: um rodízio de pessoas facilitadoras para as reuniões. Assim, todos podem desenvolver novos skills durante esse período. O mesmo vale para encontros de compartilhamentos de conhecimentos entre o time.
Estamos vivendo um momento muito delicado, quando as pessoas estão tendo que encarar seus medos internos e externos. O trabalho que podia ser a fuga para situações que antes eram empurradas com a correria do dia a dia, agora acontece em casa e deixando esses detalhes cada vez mais aparentes. Entender de forma individual cada pessoa do time sabendo que cada indivíduo possui sua jornada pode resolver inúmeros problemas.
Isabel Coutinho - agile expert, treinadora management 3.0, instrutora de treinamentos com foco em agilidade, team coach, mentora e palestrante. Cofundadora da Carbono Consultoria & Treinamentos, possui 14 anos de experiência na área de tecnologia, sendo os últimos sete, focada em gestão, liderança e agilidade. Coautora dos livros Jornada Ágil e Digital; e Jornada Ágil de Produto.
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