sexta-feira, 22 de maio de 2020

Implante contraceptivo pode ser disponibilizado pelo SUS


Ampliação da oferta beneficiará mulheres adultas em idade reprodutiva, entre 18 e 49 anos

A oferta de métodos contraceptivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ser ampliada. Após a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) sobre o fornecimento gratuito do implante hormonal, sem data prevista para divulgação, será aberta consulta pública para participação da sociedade no processo de tomada de decisão. O pedido de inclusão tem como objetivo a prevenção da gravidez não planejada por mulheres adultas em idade reprodutiva entre 18 e 49 anos.
O implante subdérmico de etonogestrel é o método anticoncepcional mais eficaz(1) para o planejamento reprodutivo. É um bastonete flexível de 4 cm de comprimento, inserido no braço da mulher, cujo hormônio é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a ovulação e, assim, impedir a gravidez(1), por até 3 anos. Quando analisada a efetividade de cada método, os contraceptivos de longa ação (LARCs), como é o implante subdérmico, atingem as melhores taxas(2) (VER TABELA). Também são recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a inclusão na lista básica de medicamentos ofertados pelos sistemas públicos de saúde.
"Os métodos reversíveis de longa ação, que não dependem da lembrança e do uso correto pela usuária para fazer efeito, são os mais indicados para a prevenção da gravidez não planejada, além de reduzir o risco de mortalidade e de complicação gestacional e neonatal e reduzir custos com saúde pública", explica Dr. Luis Bahamondes, ginecologista e professor da Universidade Estadual de Campinas.
No Brasil, a taxa de gestações não planejadas ainda é alarmante: são 1,8 milhão de gravidezes por ano(3), o que representa 55,4% de todos os partos. Os impactos que a carência de métodos contraceptivos mais modernos são, além de emocionais e sociais, também econômicos. Com a incorporação de Implanon NXT®, em cinco anos, teríamos uma redução de R$ 6,78 milhões nos gastos com saúde feminina e contracepção. Esse resultado é atingido devido a maior eficácia do método e seu impacto na redução de gestações não planejadas, que tem custo de R$ 2.323, segundo estudo realizado em 2010 e sem atualização desde sua publicação. O custo total anual atribuído às gestações não planejadas foi de R$ 4,1 bilhões, em 2010(4).

MSD

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