ESPECIALISTA EM
OBESIDADE E EMAGRECIMENTO FALA SOBRE CUIDADOS AO ADERIR DIETAS E EXERCÍCIOS
FÍSICOS
Não é segredo que
adotar um estilo de vida mais saudável, com uma rotina de bons hábitos
alimentares e exercícios físicos, é fundamental para evitar problemas de
saúdes, como sobrepeso e obesidade, em todas as idades. No entanto, aderir a
tais hábitos após os 60 anos é ainda mais essencial para garantir melhor
qualidade de vida.
De acordo com o
estatuto do idoso, no Brasil, a população acima dos 65 anos está em mais de 18
milhões. Porém, em 2019, o índice de sobrepeso e obesidade nessa faixa etária
atingiu 21,5%.
Emagrecendo após os 60
A especialista em
Obesidade e Emagrecimento, Edivana Poltronieri, explica porque é necessário
atenção redobrada para adesão de programas alimentares e exercícios físicos
para o grupo 60+. "O idoso costuma ter diminuição da massa muscular e
fragilidade óssea. Esses fatores, somados a outros problemas de saúde que
eventualmente a pessoa tenha, exigem que o programa alimentar e exercícios
físicos sejam adaptados para tais limitações físicas".
Edivan José, 66,
conseguiu eliminar 10kg que estavam o seu joelho. "Tenho uma prótese no
joelho esquerdo e o direito estava bem debilitado, quase caminhando para uma
prótese também. Precisava eliminar alguns quilos para não os sobrecarregar. Por
causa disso, eu sentia muita dor", comenta.
No início de março,
Edivan começou o programa 5s Estilo de Vida Saudável para tentar melhorar a sua
qualidade de vida. "Aderi ao plano online, com nutricionistas e um coach
especializado em idosos. Eles me passaram uma dieta rica em verduras, legumes e
frutas, com complementação de suplementos vitamínicos e ômega 3. Já os
exercícios se restringem a caminhadas, que no meu caso, são 4km percorridos
diariamente", relata.
Além de conseguir
aliviar as dores no joelho, Edivan sentiu os efeitos dos novos hábitos de
outras formas. "Eu sou cardiopata e hipertenso. Eu tomava todos os dias
remédios para controlar a minha pressão. Depois que adotei essa alimentação
balanceada com exercícios, não sou dependente do remédio para pressão.
Paulo Affonso, de 71
anos, também sentiu uma melhora significativa na sua qualidade de vida após
eliminar 9kg que estavam atrapalhando a sua mobilidade física. "Eu e minha
esposa iniciamos um programa alimentar para ver se conseguíamos ganhar mais
disposição física. Para ajudar na massa muscular, fomos orientados a andar de
bicicleta. Mantivemos o ritmo, junto com uma alimentação mais consciente, e
hoje somos outras pessoas. Nossos exames de sangue, triglicérides, colesterol
conseguiram, finalmente, ficaram normalizados. A minha esposa, que tem
fibromialgia, reclamava muito de dores no corpo. Hoje ela é outra pessoa",
diz.
Para a especialista em
Obesidade e Emagrecimento, Edivana Poltronieri, o segredo está no
acompanhamento. "Em nenhuma hipótese é indicado que um idoso faça, por
conta própria, qualquer tipo de dieta alimentar. Escolher um programa sério,
que vá dar um respaldo sólido para pessoas desse grupo, é a melhor alternativa.
Isso porque, os profissionais, irão avaliar semana a semana como está a
adaptação do idoso para determinada tipo de dieta e exercícios físicos, se ele
está conseguindo seguir, se está se sentindo melhor fisicamente e mentalmente. Caso
ocorra qualquer tipo de problema, o profissional logo consegue fazer alterações
no cardápio e nos exercícios. O objetivo deve ser sempre a qualidade de vida do
idoso, então é fundamental ter acompanhamento profissional nesses casos",
finaliza.
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