Desde dezembro de 2019 o mundo está enfrentando o
novo coronavírus, que até abril de 2020 infectou a população de mais de 185
países. De lá para cá, a COVID-19 tem modificado não só o contexto de saúde,
mas também os cenários político, social, econômico, educacional e tantos
outros, o que levou as autoridades a tomarem atitudes drásticas, como as de
distanciamento social, fechamento do comércio e, em alguns casos, lockdown.
O fato é que, com o caos instalado, as ações na
bolsa de valores caem, os investimentos já não têm o mesmo retorno e o capital
fica mais exposto ao risco, impactando diretamente pessoas físicas que procuram
por um porto seguro financeiro. E aonde elas podem encontrar? Minha aposta: no
mercado imobiliário.
A instabilidade dos ativos de renda variável vem
gerando grande procura por imóveis, recentemente, independente se são para
investidores ou para moradia, e isso é histórico. Ativos reais sempre foram
mais seguros, ainda mais neste momento em que há uma taxa Selic, que influencia
diretamente os juros do crédito imobiliário, ainda muito baixa (3,00% em maio
com perspectiva de queda em junho).
No fim do ano passado, a taxa básica de juros
(Selic) caiu de 14,5% para 4,5%, ou seja, 10 pontos percentuais e atingiu o
menor patamar da história. Isso fez com que o setor se tornasse a menina dos
olhos dos investidores porque: 1. Os estoques de imóveis estavam baixos e os
preços entrando em tendência de alta; 2. Os Fundos de Investimento Imobiliário
(FIIs) ficaram atrativos, pois a melhora da economia gerava mais demanda por
ativos como galpões logísticos, sede de indústrias, prédios corporativos,
shopping centers, etc.; 3. O PIB estimado para a construção civil projetava
crescimento entre 2% e 3%; 4. Os bancos voltaram a investir fortemente na
produção imobiliária; 5. As taxas de juros para o adquirente de imóveis ficaram
extremamente baixas. E tudo isso criaria um círculo virtuoso para o mercado
imobiliário em 2020.
Embora esses fatos tenham se modificado devido ao
que vem acontecendo nos últimos tempos, a boa notícia é que as perspectivas,
ainda que mais contidas, se mantém otimistas. Uma pesquisa do DataZAP, do Grupo
Zap, realizada na última semana de março com mais de cinco mil respondentes em
todo o Brasil levantou os dados de que: 32% dos entrevistados acreditam que a
economia e, consequentemente, o mercado imobiliário, voltam a crescer no 2º
semestre de 2020. Já 23% alegam que visualizam o reaquecimento no 1º semestre
de 2021. Em linhas gerais, isso significa que mais da metade das pessoas
esperam bons resultados do meio imobiliário em um ano, algo possível, segundo
vários especialistas que adiaram as boas expectativas de 2019 para 2020.
É claro que um planejamento financeiro é essencial
para superar essa crise, assim como em qualquer outra situação. Aliás, ter
reservas que assegurem as finanças familiares e projetem um futuro
economicamente tranquilo são fundamentais. Por conta disso, tanto investimento
no setor imobiliário para obter renda, quanto compra de uma casa própria
dependem de um planejamento sustentável e a longo prazo. Mas é incontestável
que, mesmo em meio à grave crise de saúde que estamos enfrentando em 2020, o
mercado de imóveis será o mais rentável, além de ser um porto seguro em
momentos como esse.
Também, especialistas ressaltam que o coronavírus
trará alterações no comportamento das pessoas, que refletem em suas
necessidades com relação aos imóveis em que vivem ou investem. Isso está
atrelado, por exemplo, à exigência de espaços mais amplos para passar mais
tempo com a família e ao cômodo ideal para a prática de home office. Portanto,
a produtos e empreendimentos imobiliários que atendam às novas necessidades e
demandas, tal como adquirir um apartamento virtualmente via plataforma
digitais, que também se mostrou bastante eficaz.
O importante é pesquisar, negociar, analisar e
investir em bons produtos, seja para renda ou para proporcionar qualidade de
vida. Imóveis e fundos de investimento não faltam, assim como boas
oportunidades de crescimento e segurança financeira.
João Alfredo Thomé -
administrador de empresas e diretor da GT Building.
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