Por que Pacientes
Diabéticos Entram Automaticamente no Grupo de Risco
Hoje, mais de 13 milhões de pessoas
convivem com a diabetes no Brasil. Isto
representa, segundo a Associação Brasileira de Diabetes,
6,9% da população brasileira.
Segundo dados da Federação Internacional de
Diabetes, em novembro de 2019, 46% dos brasileiros entre 20 e
79 anos não sabem que tem diabetes e prevê que até 2045, o Brasil terá
26 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença.
Outro fator a ser considerado é que as estatísticas
mundiais mostram que 10% da população com diabetes apresenta o tipo 1 (diabetes
da criança) e 90% apresenta o tipo 2 (diabetes do adulto). Nos últimos anos,
com o aumento de casos de obesidade em adolescentes, cresce o número de
portadores de diabetes tipo 2 nessa faixa etária.
O diabetes não tem
cura, mas tem controle. Com um diagnóstico precoce, o paciente pode até
reverter a situação, diz a Dra. Bruna Marisa , Médica, pós graduada em
endocrinologia e medicina ortomolecular, especialista em emagrecimento e membro
da SBEM.
Dito isso, podemos então partir para outro fator e
este diz respeito de como o diabético reage à infecções virais. Isto se dá
porque com a glicose em alta, a imunidade da pessoa diminui
muito e o risco de complicações de uma infecção torna-se então
o principal fator que coloca os diabéticos em grupos de risco para o COVID-19.
Estudos recentes mostraram que 22,2% a 26,9% dos
pacientes hospitalizados por COVID-19 relataram viver com diabetes.
Para pessoas com diabetes tipo 2 com a glicose não
controlada, o risco de uma infecção e morte devido à baixa imunidade e outras
complicações como falência dos órgãos, complicações cardiovasculares e
prejuízos nos rins, pés e na vista, por exemplo, é ainda maior.
Segundo informações da Associação
Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE), os cuidados
devem ser redobrados para os portadores de diabetes tipo 1, que não podem beber
líquidos ou que estejam perdendo líquidos devido a sintomas virais, como diarreia
e vômitos. Estas pessoas não poderão regular a glicose e não poderão limpar a
glicose ou cetonas pela urina. Nestes casos, as complicações podem ser fatais.
A Dra Bruna Marisa, explica que
durante este período o paciente diabético deve manter sua dieta da melhor
maneira possível; deve se consultar com seu médico para ouvir dele,
orientações específicas para o seu caso, ( lembrando que já temos a
telemedicina e as consultas podem ser feitas de casa) e também, devem se
esforçar para manter o controle dos níveis de glicose e principalmente manter a
administração de todos os medicamentos prescritos, a fim de que mantenha da
melhor forma possível a função do sistema imunológico.
Ela também lembra que a obesidade é
também um grande fator de risco, pois diante de qualquer quadro
viral precisará de um sistema imunológico competente.
Resumindo, além de todas as precauções específicas
do COVID-19, já conhecidas pela população, como lavar as mãos, evitar
aglomerações, utilizar lenço para espirrar, entre outros, é de suma importância
que os que forem diabéticos, sigam as e as orientações de prevenção
dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização Mundial da
Saúde (OMS), endocrinologistas e/ ou prestadores de cuidados de saúde.
Dra Bruna Marisa - médica, pós graduada em
Endocrinologia, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,
atua na área de Medicina Esportiva, Ortomolecular e é Especialista em
Emagrecimento.
Instagram: @drabrunamarisa
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