quinta-feira, 7 de maio de 2020

COVID-19: Como prevenir e tratar cáries durante a pandemia


A campanha Sorrir Muda Tudo convida a Dra. Regiane Marton, cirugiã-dentista e farmacêutica para esclarecer qual o caminho que o paciente deve seguir caso tenha problemas com a saúde bucal


Os atendimentos odontológicos são essenciais para a saúde da boca pois são importantes para enfrentar qualquer doença no corpo, sejam crônicas ou agudas como o COVID-19. Com a presença do coronavírus no Brasil, a primeira orientação médica para o paciente que venha a ter uma dor insuportável no dente, seria entrar em contato direto com o dentista de confiança. Segundo a Dra. Regiane Marton, cirurgiã-dentista, farmacêutica e parceira da campanha “Sorrir Muda Tudo”, as recomendações iniciais para redução da dor de como e quando definir ir a uma consulta devem estar de acordo com o protocolo da OMS – Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Odontologia.

Ainda segundo Regiane, também diretora na ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios), “Vale lembrar que a avaliação junto ao dentista da família e o custo benefício do atendimento clínico nesse período é determinante na fase em que estamos vivendo. Sempre, com os devidos cuidados e protocolos de segurança, a população em geral pode estar fortalecida e com a saúde bucal em dia para enfrentar situações adversas. Por isso, é muito importante conversar com o seu dentista caso haja um problema com a cavidade bucal.”, esclarece uma das organizadoras da campanha “Sorrir Muda Tudo”.

O primeiro passo é entrar em contato com o dentista de confiança, que por meio de uma conversa ao telefone, tenha uma noção do que está acontecendo com o paciente para fazer as primeiras orientações. No caso de necessidade de consulta, protocolos de segurança de atendimento em época de COVID-19 devem ser adotados para paciente e dentista. Por isso, é muito importante que além da higienização das mãos frequente, o paciente esteja atento aos sinais de doença na boca como sangramento na gengiva, aftas que não doem ou demoram a desaparecer, manchas na mucosa, dentes com mobilidade ou fraturados. Alimentação e vida saudável também estão ligadas a saúde geral do corpo, inclusive a boca. Quando esses fatores de saúde não são rotina de um paciente, a melhor forma de lidar é a visita com maior regularidade ao dentista, para limpeza profissional, avaliação dos dentes e todos os tecidos moles da boca (gengiva, língua, bochechas e palato), assim como os devidos tratamentos clínicos para a manutenção de uma boca saudável.

“O auto exame da boca é um ato de cuidado muito importante, e muitas vezes o paciente esquece de verificar simples sinais no dia a dia. Além disso, se estiver com alguma emergência, ele precisa buscar ajuda imediata, mesmo os que fazem higiene oral diária, tem alimentação saudável e saúde em dia. É recomendável que a população visite um cirurgião-dentista a cada seis meses. Para os pacientes com saúde debilitada, que tem alimentação não saudável, higiene oral precária, o ideal é visitar com frequência menor, de pelo menos de três em três meses, ou em caso de alguma intercorrência, como sangramento gengival, fratura do dente, mau hálito e outros sintomas.”, afirma a Dra. Regiane Marton, Cirurgiã-dentista e Farmacêutica, CEO da Kulzer Brasil, Diretora na ABIMO (Associação Brasileira da Industria de artigos médicos e equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório).

Uma alerta importante nesse período de pandemia é o cuidado que o paciente com doenças crônicas deve ter em caso de dor no dente ou outras situações de emergências já citadas. Em geral, são grupo de risco para o COVID-19, portanto, as recomendações são comunicar o dentista sobre os sintomas para que possa ser orientado sobre a melhor conduta. Em alguns casos é possível fazer orientações por telefone ao paciente, em outros a consulta presencial é necessária, mas somente o dentista tem capacitação para diferenciar essas situações e recomendar o que deve ser feito. No caso da consulta presencial ser necessária, um protocolo de biossegurança rigoroso deverá ser adotado tanto para o atendimento clinico, quanto para garantir a segurança do profissional, do paciente em si e outros pacientes. Nunca deixe de informar seu dentista, antes de ir ao consultório, se houver sintomas de COVID-19, pois neste caso o isolamento social é recomendado, assim como é imprescindível que os pacientes com doenças crônicas tenham a saúde bucal em dia. Dor de dente é um sinal importante, que deve ser avaliado por um dentista.


Guia da saúde bucal: cuidados importantes para a população na quarentena
  1. Ao longo da vida, a limpeza e cuidados diários com os dentes como escovação, uso do fio dental e consumo de alimentos saudáveis são elementares como forma de prevenção. A visita regular ao dentista se faz necessária para manter uma avaliação clínica, prevenção e reabilitação em alguns casos mais graves.
  2. Caso o paciente esteja com o COVID-19, a higienização bucal é essencial pois há o comprometimento do sistema respiratório. A falta de higiene pode promover a proliferação de bactérias na boca, nos dentes e gengivas, que pode agravar o quadro de doenças respiratórias.
  3. As doenças crônicas que mais afetam a saúde bucal são o diabetes, cardiopatias, doenças respiratórias, doenças do sistema digestivo e depressão. Todas podem afetar a boca ou serem agravadas por doenças na boca.
  4. Se o paciente estiver no hospital tratando o coronavírus, as melhores práticas para garantir que a saúde bucal não afete tanto a saúde do corpo são a higiene bucal rígida e com regularidade assídua. Verificação de possíveis sinais de falta de saúde bucal (sangramento de gengiva, amolecimento de dentes, aftas que não doem e estão na boca há algum tempo) e a solicitação de um dentista imediato para avaliação e possível tratamento no hospital.
  5. O COVID-19 afeta as vias respiratórias, sistema do qual a boca faz parte. Há relatos na literatura de que mudança de paladar e falta de olfato podem ser sintomas de COVID-19, além de casos mais severos onde há necessidade de intubação no hospital pode ocasionar traumas de variados tipos na boca. Por isso, é muito importante ter a boca saudável.
  6. A recomendação paliativa caso o paciente chegue ao hospital com algum tipo de ferimento na boca é fazer uma consulta com um especialista na área de traumatologia orofacial para avaliação ou outro cirurgião dentista que faça parte do corpo clinico do hospital. Em casos extremos o paciente ou acompanhante podem solicitar uma visita do cirurgião-dentista de confiança para situações de emergência, onde não é possível esperar para o atendimento posterior em consultório.
  7. Se a criança ou adulto fraturou o dente, o ideal em casos de urgências ou emergência é entrar em contato com cirurgião-dentista imediatamente para receber orientações de como proceder. Por telefone é possível realizar as primeiras orientações e definir a necessidade ou não de uma consulta presencial. Lembrando sempre de seguir todos os protocolos de atendimento em época de COVID-19.



Sorrir Muda Tudo
@sorrirmudatudo

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